Transexual luta na justiça para companheiro ter direitos como dependente



Láyra Santa Rosa – Repórter
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que foi comemorada pelos homossexuais brasileiros, em aprovar o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e conceder todos os direitos como uma nova forma de família, já se torna um problema em Alagoas. A transexual Érica Faison, 39 anos, aposentada da Marinha do Brasil, luta na Justiça Federal e na corporação que fez parte, pelo direito de incluir o companheiro – já de papel passado – Klécio Fernandes Monteiro, 30, no seu plano de saúde.
A briga da transexual começou há dois anos, quando a Marinha autorizou o pedido de incluir Klécio como dependente de Érica. Após seis meses, uma mudança de comando teria feito com a Marinha mudasse de idéia, retirando do companheiro da transexual o plano de saúde. Em dezembro do ano passado, Érica resolveu apelar à Justiça Federal o direito que agora é garantido pelo STF.
No próximo dia 7, o casal deverá ter uma audiência no juizado especial da Justiça Federal, onde tentará obrigar a Marinha a acatar o pedido e voltar a incluir Klécio como dependente de Érica. Para a transexual, essa é apenas mais uma batalha das muitas que ela já enfrentou na sua vida, porém um momento decisivo para que a decisão do STF seja respeitada em Alagoas.
Érica Faison e Klécio Fernandes também acusam a Marinha de Alagoas de preconceito e apontam uma má vontade em resolver o caso, do atual capitão dos Portos de Alagoas, André Pereira Meire. O casal garante que já são meses de luta e por uma questão, que pode ser de puro preconceito ainda não foi resolvida.
A reportagem de O JORNAL entrou em contato com a Capitania dos Portos, numa tentativa de entrevistar o capitão André. A assessoria de comunicação da corporação informou que deveriam ser enviadas perguntas por e-mail, já que sobre esse caso o capitão só falaria por escrito. Recebemos da capitania a seguinte mensagem: “As respostas às perguntas formuladas por Vossa Senhoria estão sendo analisadas pelo setor competente da Marinha do Brasil e serão encaminhadas o mais breve possível.”
Leia matéria completa na edição deste domingo (29) de O Jornal.
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