25 maio, 2025

PT BARRA MULHER TRANS E PRETA Candidatura de Dani Nunes é CENSURADA por "falha técnica"

Violência política no PT! Dani Nunes silenciada pela estrutura que prometia acolhimento:

Por Luciana Kimberly Dias do Mundo T em São Paulo
PT indefere candidatura de trans a presidente nacional do partido

Dani Nunes, Mulher Trans, Preta e da periferia do Rio, teve sua candidatura à presidência nacional do PT indeferida, mesmo após cumprir os requisitos. Uma assinatura de apoio foi retirada depois do prazo, e a Comissão Organizadora decidiu acatar a exclusão, sem respaldo claro nas regras. Resultado? Dani ficou fora da disputa.

A justificativa “técnica” esconde um problema muito maior: o medo da representatividade real. A única Mulher Trans na corrida foi barrada, restando apenas homens brancos na disputa. O que o PT realmente teme? Não é a primeira vez na história que o Partido dos Trabalhadores, menosprezam nossas lutas e nossas dores. 

Não podemos silenciar diante de mais uma exclusão disfarçada de formalidade. O partido que carrega no nome “trabalhadores” precisa rever com urgência o que significa, na prática, a defesa da diversidade.

Dani representa um Brasil invisibilizado que cansou

 de ser usada apenas como imagem de campanha.

Essa decisão é, sim, violência política de gênero e racial. E a esquerda precisa dar exemplo. 

Kimberly é uma Blogueira, Criadora de Conteúdos e Travesti, natural da cidade de Fernandópolis, interior de SP, Voluntária na militância pelos Direitos, Cidadania e Visibilidade Positiva das Travestis e Transexuais em Redes Sociais. 

✉ Contato: luciana.kimberly@yahoo.com

18 maio, 2025

Projeto no RJ propõe Trans possam competir com Trans em Competições Paradesportivas

Exclusão Disfarçada de Inclusão, Projeto de Lei no RJ quer isolar Atletas Trans em categorias separadas

Kimberly Luciana Dias
Do Mundo T, em São Paulo
Esporte é inclusão. Separar atletas trans é institucionalizar a transfobia

Um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (PL 466/2023) está chamando atenção, e acendendo alertas. A proposta defende que pessoas trans, só possam competir em categorias próprias, separadas, tanto em competições esportivas quanto Paradesportivas, uma tentativa institucional de nos empurrar para a margem.

Sob o discurso de “garantir a igualdade” nas disputas, o texto, na prática, pune a Identidade de Gênero de tletas trans com a exclusão. Criar uma categoria específica pode parecer inclusivo à primeira vista, mas é, na verdade, uma forma disfarçada de segregação. É mais uma barreira disfarçada de solução.

🚫 A falácia da "Justiça Esportiva"

Não é segredo que a participação de pessoas trans no esporte já é regulada por federações internacionais e com base em critérios científicos, como o Comitê Olímpico Internacional, que reconhece o direito de atletas trans competirem de acordo com sua identidade de gênero. O que esse projeto propõe, ao contrário, é institucionalizar o preconceito, impedindo que atletas trans sejam reconhecidas como quem realmente são.

🏃🏽‍♀️ E onde estão os dados?

O projeto desconsidera completamente a realidade demográfica. A população trans é minorizada, e a criação de uma categoria exclusiva seria, em muitos casos, o fim da possibilidade de participação. É como criar uma competição sem competidores, e ainda dizer que estamos “sendo contempladas”. Não é inclusão, é isolamento

⚖️ Direitos Humanos ignorados

A Constituição brasileira e tratados internacionais assinados pelo Brasil garantem o direito à igualdade e à não discriminação. Tratar atletas trans como um grupo à parte fere esses princípios. O esporte deve ser um espaço de encontro, superação e diversidade, não um espelho das desigualdades sociais.


✊🏽Nossos Corpos são Resistência

Projeto defende que atletas trans só possam competir com trans em competições esportivas e paradesportivas no RJ
Exclusão disfarçada de regra: PL no RJ quer limitar atletas trans a torneios entre si

Nós existimos, competimos e resistimos. A tentativa de nos excluir disfarçadamente não passará sem resposta. O que precisamos é de mais educação, formação de profissionais sensíveis, políticas públicas com base científica e diálogo real com a comunidade trans.

Queremos estar onde sempre estivemos, na vida real. No esporte, na arte, na ciência. Sem armadilhas, sem "categorias especiais", sem retrocessos.

Projeto defende que atletas trans só possam competir com trans em competições esportivas e paradesportivas no RJ
Tifanny Abreu abriu caminhos no esporte ( Foto: tifannyabreu10)
Kimberly é uma Blogueira, Criadora de Conteúdos e Travesti, natural da cidade de Fernandópolis, interior de SP, Voluntária na militância pelos Direitos, Cidadania e Visibilidade Positiva das Travestis e Transexuais em Redes Sociais. 

✉ Contato: luciana.kimberly@yahoo.com

17 maio, 2025

Página Trans no Facebook Celebra Nova Fase e Ganha Voz

Criada inicialmente no Orkut e migrada para o Facebook em janeiro de 2012, a página Travestis e Transexuais Brasileiras nasceu como um espaço de visibilidade em um tempo em que muito ainda era silêncio. Duas décadas depois, ela se reafirma como um marco de resistência e celebração, acompanhando as transformações da comunidade trans e sendo ponte entre memórias, lutas e conquistas.

A página Travestis e Transexuais Brasileiras entra em uma nova fase, mais empoderada, mais ativa, mais linda e necessária do que nunca. Com um olhar afetuoso e firme sobre a trajetória de Travestis e Transexuais do Brasil, o projeto agora ganha força com novas artes, matérias autorais e conteúdos pensados para honrar a memória, celebrar o presente e inspirar o futuro.

Quem continua à frente dessa nova fase é Kimberly, criadora, artista e ativista, que já atua de forma consistente em outras frentes fundamentais como o canal Miss Charada, a plataforma TransPlay e o blog Mundo T-Girl. Juntas, essas iniciativas formam uma rede de visibilidade, afeto e valorização da cultura Trans no Brasil. 

Trans em Destaque no Facebook 

Página Trans Renasce com Poder e Beleza

Com sensibilidade rara, ela desenhou com alma cada traço do figurino, costurando histórias em brilhos, e com mãos firmes e coração vibrante, assinou a nova arte da página. Mais do que uma ilustração, a imagem traduz a força, a beleza e a resistência de um corpo trans que sonha, cria e ocupa espaço com dignidade.

A página será um espaço de:

  • Memória viva de nomes que abriram caminhos;

  • Arte digital como ferramenta de expressão e resistência;

  • Frases e textos autorais que refletem a vivência trans com verdade e sensibilidade;

  • Representatividade real, para que cada travesti e mulher trans se veja e se sinta parte.

Essa nova fase da Travestis e Transexuais Brasileiras não é apenas uma atualização visual, é um manifesto vivo. É sobre ocupar com beleza e coragem os espaços que sempre nos negaram. É sobre transformar arte em linguagem política, memória em força coletiva, e identidade em orgulho. Seguimos mais fortes, mais visíveis e mais unidas. Porque ser Trans no Brasil é resistir, mas também é criar, florescer e brilhar. 
Kimberly é uma Blogueira, Criadora de Conteúdos e Travesti, natural da cidade de Fernandópolis, interior de SP, Voluntária na militância pelos Direitos, Cidadania e Visibilidade Positiva das Travestis e Transexuais em Redes Sociais. 

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16 maio, 2025

INSS GARANTE DIREITO AO NOME SOCIAL E AO RESPEITO DA IDENTIDADE DE PESSOAS TRANS E TRAVESTIS

Em tempos em que o mundo segue debatendo o que deveria ser básico, respeito, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) dá um passo importante em direção à cidadania plena da população Trans e Travestis. 

Por Luciana Kimberly Dias do Mundo T em São Paulo

Desde 2017, o sistema do INSS reconhece o direito ao uso do nome social no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), sem necessidade de comprovação documental. Uma vitória de dignidade e reconhecimento!

Sim, você leu certo, não precisa mudar seus documentos para ser tratada com respeito! Basta solicitar a inclusão do nome social através do site ou app Meu INSS ou ainda pela Central 135. E mais, os servidores devem utilizar o pronome com o qual a pessoa se identifica, conforme solicitado. Uma medida que não é só burocrática, é de humanidade.

Para quem já retificou o nome e gênero nos documentos oficiais, é possível também atualizar o cadastro por meio do serviço Atualizar Cadastro e/ou Benefício. Nesse caso, é necessário apresentar documentos públicos atualizados, como Certidão de Nascimento, CPF e RG com as devidas alterações. Tudo pode ser feito de forma remota, com segurança e praticidade.

O reconhecimento do nome social no sistema do INSS representa mais do que uma conquista legal, é o reflexo de uma luta coletiva por pertencimento e inclusão, ecoando as vozes de quem por muito tempo foi silenciada. A identidade Trans é legítima, digna e deve ser respeitada em todos os espaços, inclusive nos órgãos públicos.

Essa política pública é também uma resposta contra a transfobia estrutural, e um avanço no reconhecimento da auto identificação como um direito básico e inegociável. Afinal, respeitar a identidade de uma pessoa é o mínimo em uma sociedade que se quer justa.

O orgulho trans se faz não só nas paradas, mas também em cada conquista legal, em cada protocolo que muda, em cada campo que reconhece quem somos.

E nós seguiremos dizendo em alto e bom som: existimos, resistimos, e não abrimos mão de sermos tratadas com respeito..

Kimberly é uma Blogueira, Criadora de Conteúdos e Travesti, natural da cidade de Fernandópolis, interior de SP, Voluntária na militância pelos Direitos, Cidadania e Visibilidade Positiva das Travestis e Transexuais em Redes Sociais. 

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13 maio, 2025

Sete Anos Sem Cláudia Celeste - A Travesti Que Abriu Caminhos na TV Brasileira

No dia 13 de maio de 2018, o Brasil perdia uma estrela de brilho eterno. Cláudia Celeste, a primeira Travesti a aparecer em uma telenovela brasileira.

Por Luciana Kimberly Dias do Mundo T em São Paulo
Saiba quem é Cláudia Celeste, primeira atriz transexual a fazer novelas brasileiras

Nascida em 1952, no bairro de Vila Isabel, Rio de Janeiro, Cláudia viveu muitas vidas em uma só. Foi cantora, dançarina, diretora, produtora, autora, atriz, cabeleireira, e uma Mulher Trans. Aos 20 anos, já trabalhando como cabeleireira em Copacabana, começou a ouvir mais forte o chamado de sua verdade e, com coragem, decidiu se lançar ao mundo como Cláudia Celeste, nome dado por ninguém menos que Carlos Imperial, que via nela uma artista nata.

Sua estreia nos palcos foi em 1973, no tradicional Teatro Rival, com o espetáculo O Mundo das Bonecas. Não demorou para que ela conquistasse a cena carioca e os corações de quem frequentava os bastidores da arte. Ganhou o apelido carinhoso de “Lebre Misteriosa do Imperial” e realmente era um mistério fascinante, um furacão de talento e presença.

Miss, Atriz, Travesti e Silenciada


Em 1976, Cláudia foi coroada Miss Brasil Gay, sendo a terceira vencedora do concurso, o que já mostrava sua força e representatividade em um cenário que ainda engatinhava em termos de diversidade. Mas foi em 1977, quando foi escalada para a novela Espelho Mágico, da TV Globo, que Cláudia Celeste fez história. Seu papel como corista que ensinava coreografias a Sônia Braga foi um marco, mas também um trauma, a ditadura militar e a censura da época impediram sua permanência na TV ao descobrirem que ela era uma Travesti. Cláudia foi afastada da novela, e o Brasil perdeu ali um pouco da sua chance de evoluir mais cedo na representação Trans na mídia.

Cláudia Celeste : A biografia

Expulsa do sonho por ser quem era, Cláudia decidiu então buscar liberdade na Europa, como tantas de nós que, ainda hoje, somos forçadas a cruzar fronteiras em busca de respeito. Mas sua luta não parou por aí. Ao retornar ao Brasil, nos anos 80, brilhou no cinema com os filmes Beijo na Boca e Punk’s, Os Filhos da Noite. Em 1988, retornou à televisão na novela Olho no Olho, da TV Manchete, agora com um papel fixo como Dinorah, uma mulher que, como tantas de nós, enfrentava a dureza da prostituição para sobreviver em um mundo cruel.

Google Reverenciou Cláudia Celeste

Google faz homenagem a Cláudia Celeste no Doodle de hojeMesmo depois de sua morte, sua trajetória foi lembrada e reverenciada. Em 2022, o Google Brasil prestou homenagem com um doodle, eternizando seu rosto na tela de milhões de pessoas. Uma homenagem merecida, mas ainda pequena diante da grandiosidade dessa mulher que abriu as portas para que hoje possamos ocupar espaços com dignidade, beleza e talento.

🖤 Cláudia foi pioneira. Foi resistência. Foi revolução.🖤

Quem foi Cláudia Celeste, primeira atriz trans em uma novela brasileira

Numa época em que ser Travesti era sinônimo de marginalização total, ela gritou, com sua arte e sua existência, que nós existimos, nós somos capazes e nós temos direito ao sonho.

Hoje, com minha vivência Trans, ao escrever essas palavras, sinto que falo não apenas como admiradora, mas como filha do legado de Cláudia Celeste. Ela plantou a semente que nos permite florescer.

Obrigada, Cláudia. Por cada palco, cada linha de roteiro, cada escândalo, cada lágrima, cada salto alto e cada ousadia. Você é eterna em nós.

Kimberly é uma Blogueira, Criadora de Conteúdos e Travesti, natural da cidade de Fernandópolis, interior de SP, Voluntária na militância pelos Direitos, Cidadania e Visibilidade Positiva das Travestis e Transexuais em Redes Sociais. 

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08 maio, 2025

Entre a Cruz e a Diversidade - LGBTQIA+ sob o Olhar do Novo Papa

Mas pra nós, da comunidade LGBTQIA+, especialmente nós Pessoas Trans, a pergunta que não quer calar é: vamos continuar cabendo na Igreja?

Kimberly Luciana Dias
Do Mundo T, em São Paulo
Novo papa Leão XIV já criticou a comunidade LGBTQIA+

O mundo católico amanheceu com uma notícia histórica: o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost foi eleito Papa e adotou o nome de Leão XIV. Aos 69 anos, ele se torna o primeiro pontífice vindo dos Estados Unidos. Mas pra nós, da comunidade LGBTQIA+, especialmente nós Pessoas Trans, a pergunta que não quer calar é: vamos continuar cabendo na Igreja?

Enquanto o Papa Francisco abriu portas e corações com falas como "Quem sou eu para julgar?", Prevost traz um histórico de posições conservadoras. Lá em 2012, por exemplo, ele condenou o que chamou de "estilo de vida homossexual" e criticou famílias formadas por casais do mesmo sexo. Quando bispo no Peru, se posicionou contra o ensino sobre gênero nas escolas. Isso acende um alerta, principalmente em um momento em que os direitos das Pessoas Trans e LGBTQIA+ estão sob ataque em vários países, incluindo os EUA, onde o atual Presidente Donald Trump ajudou a institucionalizar a Transfobia.

Não estou dizendo que ele veio de lá com carimbo político, mas é impossível não ver o contexto. O Vaticano não vive numa bolha. Nossos corpos, nossas vivências e nossos afetos sempre foram alvo de ataques, e agora, mais uma vez, parece que vamos ter que reafirmar nossa existência.

Apesar disso, no seu primeiro discurso, o novo Papa usou a palavra "sinodal", indicando que pode manter o diálogo iniciado por Francisco. Tomara. Mas enquanto isso, a gente segue atenta, unida e resistindo com orgulho. Porque fé também é sobre amor, e ninguém tem o direito de negar nossa espiritualidade.

Kimberly é uma Blogueira, Criadora de Conteúdos e Travesti, natural da cidade de Fernandópolis, interior de SP, Voluntária na militância pelos Direitos, Cidadania e Visibilidade Positiva das Travestis e Transexuais em Redes Sociais. 

✉ Contato: luciana.kimberly@yahoo.com