Estado vai pagar por ataque Transfóbico de Professor!

Estado será obrigado a indenizar Aluna Trans ofendida por professor durante uma discussão em sala, o professor insinuou que Mulheres Trans que usam o banheiro feminino seriam potenciais estupradoras.

Kimberly Luciana Dias
Do Mundo T, em São PauloAula de ódio: Professor chama aluna trans de estupradora e Estado é condenado!

Ser Trans no Brasil é um ato de coragem. Viver a própria verdade em um mundo que muitas vezes insiste em negar nossa existência, mais ainda. Mas há dias em que a Justiça olha para nós com olhos menos cegos, e hoje é um desses dias.

Nesta semana, uma decisão judicial marcou um avanço simbólico e necessário, o Estado de São Paulo foi condenado a indenizar uma jovem Estudante Trans que sofreu ofensas transfóbicas por parte de um professor, dentro da sala de aula, um espaço que deveria ser sagrado para o aprendizado, a escuta e o respeito.

Durante uma discussão em sala, o professor insinuou que Mulheres Trans que usam o banheiro feminino seriam potenciais estupradoras. Sim, em pleno século XXI, ainda há quem tenha coragem de propagar esse tipo de falácia perigosa, que só reforça a marginalização e o medo contra nossos corpos.

O juiz Cândido Alexandre Munhóz Pérez, da Vara da Fazenda Pública de Guarujá, foi claro, a postura do docente feriu os princípios que deveriam reger qualquer espaço educacional. A aluna, abalada, precisou recorrer a tratamento psicológico, e agora será indenizada em R$ 8 mil por danos morais e R$ 800 pelos gastos com terapias.

Professor chama aluna trans de estupradora e Estado é condenado!

Estado indenizará aluna trans após ofensas de professor   Epa! Vimos que você copiou o texto. Sem problemas, desde que cite o link: https://www.migalhas.com.br/quentes/404936/estado-indenizara-aluna-trans-apos-ofensas-de-professor

Esta sentença reafirma que nossas vidas importam. Que nossos sentimentos não são exagero. Que nossos corpos não são ameaça. Que não é aceitável sermos silenciadas ou humilhadas por quem tem o dever de educar.

A escola deve ser lugar de acolhimento, de construção de sonhos, e não de reforço de estigmas. O Estado, ao ser condenado, carrega agora a responsabilidade de refletir sobre a qualidade e a sensibilidade do corpo docente que contrata. Não queremos ser toleradas. Queremos ser respeitadas.

Como Travesti, e como alguém que já sentiu na pele o peso do preconceito na escola, em pleno anos 80 e 90, digo! Ninguém vai apagar quem somos. Cada vitória como essa é uma semente. E nós, juntas, somos mais fortes! 

Kimberly é uma Blogueira, Criadora de Conteúdos e Travesti, natural da cidade de Fernandópolis, interior de SP, Voluntária na militância pelos Direitos, Cidadania e Visibilidade Positiva das Travestis e Transexuais em Redes Sociais. 

✉ Contato: luciana.kimberly@yahoo.com



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