Exclusão Disfarçada de Inclusão, Projeto de Lei no RJ quer isolar Atletas Trans em categorias separadas
Kimberly Luciana DiasDo Mundo T, em São Paulo
Esporte é inclusão. Separar atletas trans é institucionalizar a transfobia

Um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (PL 466/2023) está chamando atenção, e acendendo alertas. A proposta defende que pessoas trans, só possam competir em categorias próprias, separadas, tanto em competições esportivas quanto Paradesportivas, uma tentativa institucional de nos empurrar para a margem.
Sob o discurso de “garantir a igualdade” nas disputas, o texto, na prática, pune a Identidade de Gênero de tletas trans com a exclusão. Criar uma categoria específica pode parecer inclusivo à primeira vista, mas é, na verdade, uma forma disfarçada de segregação. É mais uma barreira disfarçada de solução.
🚫 A falácia da "Justiça Esportiva"
Não é segredo que a participação de pessoas trans no esporte já é regulada por federações internacionais e com base em critérios científicos, como o Comitê Olímpico Internacional, que reconhece o direito de atletas trans competirem de acordo com sua identidade de gênero. O que esse projeto propõe, ao contrário, é institucionalizar o preconceito, impedindo que atletas trans sejam reconhecidas como quem realmente são.
🏃🏽♀️ E onde estão os dados?
O projeto desconsidera completamente a realidade demográfica. A população trans é minorizada, e a criação de uma categoria exclusiva seria, em muitos casos, o fim da possibilidade de participação. É como criar uma competição sem competidores, e ainda dizer que estamos “sendo contempladas”. Não é inclusão, é isolamento
A Constituição brasileira e tratados internacionais assinados pelo Brasil garantem o direito à igualdade e à não discriminação. Tratar atletas trans como um grupo à parte fere esses princípios. O esporte deve ser um espaço de encontro, superação e diversidade, não um espelho das desigualdades sociais.
✊🏽Nossos Corpos são Resistência
Nós existimos, competimos e resistimos. A tentativa de nos excluir disfarçadamente não passará sem resposta. O que precisamos é de mais educação, formação de profissionais sensíveis, políticas públicas com base científica e diálogo real com a comunidade trans.
Queremos estar onde sempre estivemos, na vida real. No esporte, na arte, na ciência. Sem armadilhas, sem "categorias especiais", sem retrocessos.
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Tifanny Abreu abriu caminhos no esporte ( Foto: tifannyabreu10) |
Trans são atletas, são dignos, são parte do esporte! 🏳️⚧️✊
ResponderExcluirCriar categorias separadas para atletas trans é uma tentativa de marginalização. Todos devem ter o direito de competir de acordo com sua identidade de gênero.
ResponderExcluirconte comigo sempre!!
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