Brasília, Palácio do Planalto, Com o coração batendo forte e os olhos brilhando de emoção, a deputada federal Erika Hilton escreveu mais um capítulo poderoso na história da política brasileira e da luta por justiça: seu projeto que protege mães cientistas de discriminação agora é LEI!
Luciana Kimberly DiasDo Mundo T, em São Paulo
Fotos por @RicardoStuckert
Sim, é isso mesmo! A transição de um sonho para uma lei concreta aconteceu nesta terça-feira (23), com a sanção oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um gesto que reafirma o compromisso com a igualdade e com a ciência feita por mulheres, especialmente aquelas que muitas vezes são invisibilizadas, as mães.
A nova legislação proíbe qualquer critério discriminatório nos processos de concessão de bolsas de estudo e pesquisa que recaia sobre gestantes, puérperas, mães e adotantes. Em outras palavras: ser mãe não será mais um impeditivo para crescer na ciência neste país.
“Foi um momento de imenso orgulho para mim como autora deste projeto. A maternidade não pode ser vista como uma fraqueza ou um obstáculo, mas como parte da diversidade que enriquece nossa produção científica”, disse Erika, emocionada.
Mas o dia também foi de resistência. Durante a solenidade, Erika agradeceu ao presidente Lula pela defesa enfática de sua dignidade e autonomia enquanto parlamentar brasileira, após a denúncia de que a Embaixada dos Estados Unidos estaria por trás de um ato de desrespeito envolvendo seu nome.
“Lula defendeu com firmeza nossa soberania e minha prerrogativa como parlamentar. E isso tem um peso simbólico gigantesco. Ser uma mulher trans, negra, da periferia, ocupando esse espaço e sendo respeitada como legisladora é uma vitória coletiva”, afirmou Erika.
Essa conquista não é apenas da Erika. É de todas nós, mulheres, mães, cientistas, trans, negras, periféricas, sonhadoras. É sobre tornar o Brasil um país onde a maternidade e a ciência podem caminhar juntas, de mãos dadas, sem medo e com dignidade.
E que fique claro, essa lei carrega um batom na assinatura e uma representatividade que ecoa nas universidades, nos centros de pesquisa e na vida de cada mulher que ousa ser tudo o que quiser.