Monique estava internada em coma desde o início do mês, na UPA da Penha, no Rio de Janeiro, lutando contra um quadro de pneumonia. Guerreira como sempre foi, ela resistiu até onde pôde. Hoje, ela descansa.
Mais do que artista, Monique foi presença, foi palco, foi voz que animava e acolhia tantas meninas da cena noturna, tantas travestis e trans que encontravam nela uma referência, uma mão estendida ou uma palavra de carinho no camarim ou na pista.
Quem teve a alegria de conhecê-la, sabe: Monique era luz. Era a força das que não desistem, mesmo quando o mundo insiste em negar o básico. Era sorriso mesmo nos dias difíceis, maquiagem impecável mesmo quando o peito doía. E era, acima de tudo, afeto, esse afeto que a gente aprende a cultivar na dor e no amor entre nós.
Hoje, a noite ficou um pouco mais silenciosa. Mas a semente que Monique plantou continua viva em cada show, em cada produção, em cada menina que se inspira nela para subir no palco, para se afirmar no espelho, para existir com orgulho.
Voa, Monique. Que a espiritualidade te receba com festa, como você gostava. Que a tua passagem seja leve, porque tua história foi gigante.
Siga em paz, irmã. A gente continua aqui, resistindo por você também.