30 julho, 2015

Entrevista com a primeira árbitra Travesti do futebol brasileiro Laleska Valéria

Do Ceará para o Mundo T-Girl, a árbitra Laleska Valéria afirmou 
em entrevista em ser uma uma pessoa que não leva desaforo para casa, 
que muitas pessoas desconhecem a sua identidade de gênero 
e seu maior sonho por um mundo sem preconceitos.


Abaixo acompanhe uma entrevista que a árbitra Laleska Valéria cedeu a locutora Danielly Saturno.
Mundo T - Conte pra gente um pouco sobre você? Laleska Valéria: Sou cearense da cidade de Beberibe, venho de uma família simples e humilde, porém maravilhosos comigo, sou uma pessoa que não levo desaforo para casa, respeito todos e exijo respeito também (risos). Mundo T - Quando nasceu a Laleska? Laleska Valéria: O nascimento de Laleska foi mais fácil do que o meu nome de nascimento pois já sabia o que queria ser! Mundo T - Quando você decidiu se tornar arbitra de futebol? Laleska Valéria: Quando passei a vivenciar a minha travestilidade, parei de jogar futebol e comecei a apitar, sou louca, por futebol!
Mundo T - No futebol ainda existe muito preconceito, você sendo uma travesti e arbitra? Laleska Valéria: Tem sim mas na maioria das vezes as pessoas nem sabem e acabam achando que sou uma mulher cis, e quando descobrem, é a mesma coisa sendo Travesti ou Mulher o preconceito acontece. Mundo T - Qual o seu maior ídolo no futebol? Laleska Valéria: No futebol gosto muito do Marcos ex-goleiro do Palmeiras
Mundo T - Laleska em apenas uma única palavra? Laleska Valéria: GUERREIRA em maiúsculo!
Mundo T - Este ano de 2015 muitas Travestis e Transexuais se destacaram na mídia mundial, e como é ser reconhecida no Brasil sendo a primeira Travesti arbitra do pais?
Laleska Valéria: É muito bom ao mesmo tempo ter esse reconhecimento por isso. Mundo T - O que você sonha para seu futuro? Laleska Valéria: Sonho com mais respeito no nosso meio e por um mundo sem preconceitos ! Mundo T - Sobre a nova Geração de Travestis e Transexuais que estão chegando qual conselho você daria a para elas ? Laleska Valéria: A terem mais muito cuidado pois tem muita violência no Brasil por sermos assim !
Mundo T - Gostaria de deixar algum recado a todas as Travestis e Transexuais, ao público em geral e seus fãs?
Laleska Valéria: O respeito é muito bom e para termos uma vida mais justa e digna, um beijo no coração de todas vocês e obrigada pelo espaço.



Danielly Saturno é Locutora de Rádio e Moderadora do Grupo Mundo T-Girl.


29 julho, 2015

Saiba os motivos pela rejeição aos T-Lovers

Kimberly Luciana Dias - Do Mundo T, em São Paulo

T-LOVER: Indivíduo Machista e Fetichista em grande maioria escondidos atrás de perfis fakes, perante a sociedade homem cis exemplar, maior parte com namoradas, noivas ou esposa e filhos em casa. Usam da rede social prometendo amor e namoro sério, as vítimas na grande maioria desse tipo de homem são as Travestis e Transexuais muitas em inicio de sua mudança para o início da vivência em sua travestilidade e transexualidade, pela inocência e falta de experiência em lidar com os mesmos.

Costumam atacar e iludir suas vítimas em o maior número possível, um vício incansável ao ego doentio dos mesmos. Vivendo assim uma vida paralela e escondida de familiares e convívio social, em seus perfis na rede social preza por uma grande quantidade de Travestis e Transexuais adicionadas, quanto mais melhor, é uma busca sem fim, pelas mais diversidades opções para mero prazer dos mesmos, suas preferências na maioria são as Travestis e Transexuais, mas alguns também acabam erotizando Cds, Drags e Afeminados. 

Frequenta fóruns de onde passam horas de seus dias analisando tamanho de dotes, nesse espaço não existe coração, sentimentos, pessoa ou ser humano, tudo se resume em apenas um significado, 'DOTES", "TAMANHOS", "COMPRIMENTOS" "CENTÍMETROS" E "CIRCUNFERÊNCIAS" ... 

Dicas para eliminar T-Lovers do Facebook, Whats e Redes Sociais

Na imaginação doentia dos mesmos, nós Travestis e Transexuais não merecemos respeito, amor e nem direito de cidadania. O Amor para eles é fora de questão. No ato sexual eles fazem você sentir-se desejada, mas depois da consumação, descartam! 

Eles estão espalhados por todos os continentes pelo mundo afora, apenas muda a nacionalidade, mas o mal caratismos os mesmos são formados na mesma escola e universidade.

Dica:  Se é assim que venham com muito $$$$$$$$$$$$$$$, assim seremos maravilhosas atrizes em atuar como namoradas dos mesmos ...

25 julho, 2015

Adeus, Malva! Falece aos 99 anos a Travesti mais idosa do Mundo

Malva faleceu na semana passada, chilena que aos 17 anos cruzou a Cordilheira dos Andes para viver na Argentina em busca de liberdade. Ela manteve-se bem humorada em seus últimos dias de vida.


Kimberly Luciana Dias - Do Mundo T, em São Paulo
Foto: Sebastián Freire

Em fim chegou ao final a vida de Malva, uma referência a mim, que como uma cidadã Travesti tenho a história dela, algo que gostaria que fosse semelhante na minha trajetória de vida também, ter o direito de viver por muitos anos, e morrer por idade e não em consequência da falta de direitos que a população de Travestis e Transexuais sofrem no Brasil e em muitas partes do mundo, principalmente nos países da America Latina.

 Conheça Malva, a travesti mais idosa da Argentina

A sua saúde se agravou agora na temporada de inverno, na casa de repouso em qual escolheu para viver voluntariamente, Malva estava sentindo muita solidão, e a falta de familiares e amigos. As dores se tornaram mais fortes pelos sinais do tempo, Malva estava internada em consequência de uma pneumonia em um quarto da ala masculina, onde sua identidade de gênero não foi respeitada, o hospital alegou que o motivo foi que Malva não alterou a sua documentação ao gênero feminino, mas essa situação foi revertida a pedido de Carina Sama, que trabalhou com ela no documentário sobre a sua vida e que atualmente está em fase de produção. 
Malva em vida fez a doação de seu corpo à Faculdade de Medicina da UBA, para ser utilizado para fins científicos. 
Sua voz e imagem agora permanece para o Mundo T como uma testemunha e exemplo para a Luta das Travestis e Transexuais, na inclusão na sociedade e democracia.
Até um dia Malva, exemplo para tod@s Nós! 
Kimberly é uma Blogueira, Digital Influencer e Travesti, natural da cidade de Fernandópolis, interior de SP, Voluntária na militância pelos Direitos, Cidadania e Visibilidade Positiva das Travestis e Transexuais em Redes Sociais. 

✉ Contato: luciana.kimberly@terra.com.br

19 julho, 2015

A freira que retira as travestis da prostituição na Argentina

Conheça Monica Astorga, ela pertence ao Mosteiro das Carmelitas Descalços. Deste 2005 efetua trabalho de empregabilidade para um grupo de mulheres e Travestis.

Ela nasceu há 50 anos em Buenos Aires e com sete anos de idade, despertou sua vocação religiosa, apesar da oposição de sua família.

"Há uma história por trás de cada pessoa há uma razão por que são do jeito que são, pense nisso antes de julgar alguém", diz Monica Astorga.

Na vida dedicada à oração, Astorga senti uma forte motivação para ajudar as pessoas, do sofrimento, aquelas que estão sós ou sofrem por qualquer marginalização. Ela atualmente faz um trabalho para as Travestis e Transexuais na Argentina, que a procura para encontrar suporte devido às situações de marginalização e violência, que a maioria delas estão expostas. 

A freira lembra que há nove anos, invadiu no mosteiro Romina uma jovem travesti. "Romina tinha ido à paróquia para pagar o dízimo, e quando perguntada em que estava trabalhando, ela respondeu que se prostituía. 

A religiosa foi ao encontro de Romina, que pediu ajuda para deixar a vida de prostituição. Depois de ouvir muito atentamente a história traumática de Romina, ela perguntou-lhe se conhecia outras meninas que queriam deixar a rua. Ela riu e respondeu: "Sim elas são em torno de 70", disse ela. 

Poucos dias depois, Romina veio com quatro outras companheiras. A primeira coisa que ela fez foi convidá-las para a capela para rezar, para colocar todas as suas vidas nas mãos de Jesus e de reforçar as suas vidas. Uma perguntou como ela poderia orar a Deus se tivessem sido rejeitada por seus pais e parentes. "Pedi-lhes para ter fé, porque se não, elas estavam mortas. Em seguida, consultá-las sobre o que elas queriam fazer com as suas vidas, o que elas queriam realizar sonhos ", acrescenta. 

Romina respondeu que queria terminar o curso de cabeleireira e abrir o seu próprio negócio, Victoria também queria ser cabeleireira, já Lujan sonhava em se tornar uma chef de cozinha e abrir um restaurante. Mas a resposta que mais a impressionou foi de Katy. "Eu quero uma cama limpa para morrer", relatou Katy, que na época tinha 40 anos.

Inquieta, imediatamente começou a pensar em como poderia ajudar essas jovens que queriam parar com a vida de prostituição na rua. Foi então que ela se virou para Germain Cazeneuve, que na época era vice-presidente de Caritas. Ele tinha montado um projeto de um salão de beleza em junho de 2008 com o nome de "Lourdes", e lá que começou a trabalhar Vicky, Laura e Romina. Mais tarde, ele poderia dar segmentos a outros projetos paralelos de novas aberturas, e uma cooperativa de costura onde trabalha Katy que hoje tem 47 anos é uma mais idade desse grupo. "Eu tive o apoio do Bispo Marcelo Melani. Tudo foi se tornando pouco a pouco ", enfatiza. 

Que muitas delas continuam na prostituição porque "além do dinheiro", o que elas precisam é de um abraço, uma carícia, os clientes dizem 'eu te amo' até mesmo sabendo que isso é uma mentira", explica ela. Ela sustenta que não se pode entender que existem homens que pagam para estar com elas. 

"É escandaloso o que esses homens(Clientes) fazem na rua, nos maltrata e nos usa ​​como se fossemos lixo da humanidade", diz Katy. 

Já no Brasil, o que vemos são religiosos que usam do nome de Deus para incentivar falsas curas, o ódio, lavagem cerebral, e bloquear todos os direitos da população LGBT. 

A prostituição é uma opção, pratica a mesma quem tem talento e gosta, mas nem todas são profissional do sexo porque gostam, mas sim, por falta de empregabilidade, escolaridade e politicas públicas para o segmento de Travestis e Transexuais. 


Kati, Daiana, Romina y Victoria na cooperativa de costura.
Foto: Sebastian Fanriña Petersen

07 julho, 2015

"Eu me senti muito humilhada", diz Jennicet Gutierrez que confrontou Obama

Jennicet Gutierrez protestou e gritou ao presidente dos Estados Unidos na semana passada sobre o abuso sofrido de Travestis e Transexuais Mexicanas a serem deportadas.

Kimberly Luciana Dias - Do Mundo T, em São Paulo

Ela atraiu atenção de todo o mundo ao dar a sua opinião pública em um evento da Casa Branca, quando entrou gritando ao presidente Barack Obama, em não sentir orgulhosa dos maus tratos as pessoas T pela polícia no momento da deportação. 

Jennicet Gutierrez deu uma entrevista exclusiva ao canal CNN, e que foi escoltada a sair da Casa Branca por ordens do presidente. Mexicana e militante dos direitos da população de Travestis e Transexuais disse que sentiu-se triste, humilhada. "Foi uma experiência muito forte, obviamente, dolorosa e humilhante, no entanto, eu acho que sai com dignidade, porque eu queria que a minha mensagem fosse ouvida, é oque sempre tira a nossa sociedade", disse ela.



Ela também relatou que quando Obama lhe disse que ela era uma convidada em sua casa, me senti triste e surpreendida e ficou um silêncio durante trinta segundos, "para sempre".

Ressaltando que esse evento era para o público de militantes LGBT, para comemorar a liberação do casamento de gays e lésbicas naquele país, e pelo visto a população T por lá é tão esquecida, abandonada e estigmatizadas depois dessa atitude grosseira do presidente, que referiu que ela era uma intrusa em sua casa e que estava comendo de seus canapés (Com certeza comprado com dinheiro público). 

Foi praticamente expulsa da Casa Branca, isso apenas é uma afirmação da discriminação que toda a população de Travestis e Transexuais passam diariamente, o público de gays e lésbicas imediatamente a julgaram e deu apoio ao presidente, afinal ela é uma T e ele o maioral, e a vivência das imigrantes nos centros de detenção é omissa pelo governo e ongs LGBTs por lá, e as vozes de nossas T continuam a serem caladas e invisíveis.

Jennicet Gutierrez  foi escoltada a sair da Casa Branca por ordens do presidente Obama
Presidente Obama, que referiu que Jennicet era uma intrusa em 
sua casa e que estava comendo de seus canapés. 

01 julho, 2015

2º Ato pela criminalização da LGBT-FOBIA em São Paulo




Realizado no Largo do Arouche, no inicio da noite deste domingo (28), reuniu dezenas de pessoas. Na comemoração do Dia Internacional do Orgulho LGBT. O Ato foi organizado pela Parada do Orgulho LGBT de São Paulo - APOGLBT.

Brasil lidera o ranking de assassinatos de Travestis, Transexuais, Gays e Lésbicas.


Em memória de Laura Vermont 

Laura Vermont foi baleada esfaqueada, os policiais militares também são investigados pela Polícia Civil como suspeitos da morte dela. Eles chegaram a ser presos por omitir o fato de o soldado ter dado um tiro em Laura. A Justiça, no entanto, concedeu liberdade provisória à dupla após pagamento de fiança. Os PMs responderão soltos pelos crimes de fraude processual e falso testemunho. 


Bianca Simões e Kimberly 
Foto: Adão e Ivo 
Manifestante do CRD
Foto: Franklin Paulote de Paiva
Viviany Beleboni
Foto: Adão e Ivo
Isabelle Lima
Foto: Arquivo Pessoal