21 maio, 2015

Após 10 anos, Roberta Close quebra silêncio e fala ao Gugu


Aos 50 anos, Roberta Close relembra ter sofrido bullyng e "A velhice faz parte"

O Brasil voltou a parar na frente da televisão na noite de ontem para acompanhar o grande ícone da história T no brasil, Roberta Close, 50 anos, depois de sete anos ausente da mídia, ela foi entrevistada pelo apresentador Gugu Liberato, ela afirmou ter sofrido bullying nas redes sociais.
“Sofri um bullying. Aquilo foi uma coisa absurda. Eu aceito a liberdade de expressão, da imprensa, mas foi demais. Se querem mostrar que eu estou mais velha, sim, eu estou. Mas olha: com o esse corpo, que óbvio, vai se destruir com o tempo, porque a velhice faz parte da vida. Mas eu também fiz algo bom com o meu corpo. Falaram que eu estava deformada, que eu pareço um monstro. Eu não me sinto um monstro. Não me vejo desfigurada, nem um mostro”, disse ela.
Atualmente ela se dedica à vida como dona de casa e esposa. Casada há 20 anos com o empresário suíço Roland Granacher, ela falou ainda da saudade que sente da família no Brasil.
“Para mim, é difícil estar longe da mídia, fiquei muito traumatizada por isso. Se ausentar é difícil, traumático. Mas eu gosto de desafios e quis provar se eu teria condições de viver uma vida um pouco fora do mundo da mídia”.
Roberta Close, quebrou tabus em uma época bastante difícil, e serviu de referências a muitas Travestis e Transexuais brasileiras e até mesmo mundo afora. O exemplo dessa entrevista para nós, precisamos ter o direito de envelhecer, e queremos isso,  envelhecer e inevitável, tem que haver respeito, principalmente na nossa própria sigla, com o assunto é envelhecimento.
Roberta continua linda, pele, cabelos, e feminilidade e muito jovem, como conferimos em sua entrevista, no vídeo postado no início dessa matéria.   
Obrigada Roberta, pelo seu pioneirismo, sua ousadia e beleza abriu muitas portas e visibilidade para toda a nossa história das Travestis e Transexuais Brasileiras.

Foto: Repreodução/Record

14 maio, 2015

Argentina comemora três anos da aprovação da lei de identidade de gênero

Três anos após a lei de identidade de gênero mais de 6000 
pessoas Travestis, Transexuais e Homens T,  obtiveram o 
reconhecimento de sua identidade.
Kimberly Luciana Dias - Do Mundo T, em São Paulo
Protesto da população de Travestis e Transexuais pedindo pela aprovação da lei de identidade de gênero em maio de 2012

A cidadania T da Argentina comemorou nessa ultima semana os três anos da lei sobre a identidade de gênero.
No dia 09 de maio de 2012, o Senado Nacional aprovou a lei de identidade de gênero e três anos de que o evento mais de 6.000 pessoas já foram reconhecidas(os) após a realização do procedimento em todo o país.
O texto da lei garante o direito à identidade a toda população T, daquele país, através de um procedimento administrativo simples e sem exigências especiais.
Com alegria e empenho, Travestis, Transexuais e Homens T, 
fazem brinde para comemorar os três anos da aprovação da lei na Argentina

Esta lei é a primeiro no mundo que não necessita de diagnóstico, cirurgias ou médicos psiquiátricos para o acesso a esse direito, e foi conduzido desde 2007 pela Federação Argentina de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trans (FALGBT) e da Associação das Travestis, Transexuais da Argentina (ATTA).

 Essa Realidade no Brasil ?

Enquanto isso no Brasil tramita na Câmara o Projeto de Lei 5002/13, do deputado Jean Wyllys e da deputada Erika Kokay, que estabelece o direito à identidade de gênero, definida como a vivência interna e individual do gênero tal como cada pessoa o sente, que pode corresponder ou não com o sexo atribuído após o nascimento. Batizado de "João W Nery" em homenagem ao primeiro trans homem brasileiro, travestis e transexuais poderão, com o projeto, solicitar a retificação dos seus dados registrais e a emissão de uma nova carteira de identidade através de um trâmite simples no cartório e sem necessidade de intervenção do judiciário.
Mas com a bancada no congresso mais conservadora da história do nosso país, esse projeto corre sério risco de não ser aprovado. 

Projeto de Jean Wyllys e Erika Kokay homenageia o primeiro trans homem brasileiro João W. Nery