29 março, 2015

EUA: São Francisco não é tão amigo dos LGBTs como se imagina

           Para Travestis, Transexuais e Homens T 

             estas taxas são ainda mais elevadas.

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Apesar de São Francisco (EUA) ser conhecida como uma cidade gay-friendly, a verdade é que, de acordo com um relatório divulgado, mais de dois terços das pessoas LGBT (Lésbica, Gay, Bissexual Travestis, Transexuais) residentes na cidade foram vítimas de violência. Para Travestis, Transexuais e Homens T, estas taxas são ainda mais elevadas: 4 em cada 5 pessoas relataram ter sofrido violência física. O estudo, realizado pelo SF LGBT Center em parceria com a Comissão dos Direitos Humanos de São Francisco, demonstrou que a comunidade LGBT é vítima de elevados níveis de violência física e sexual. Rebecca Rolfe, directora do SF LGBT Center e líder da equipa que realizou a investigação, referiu em declarações ao Buzzfeed que apesar da cidade ter uma reputação muito positiva em relação à orientação sexual e identidade de gênero, a verdade é que isso é uma crença errada, tal como veio a ser evidenciado pelo estudo.
Os investigadores descobriram que, entre as pessoas LGBT, 48% já sofreram violência sexual, 68% sofreram violência física e 81% relataram assédio. A equipe descobriu ainda que as pessoas Travestis, Transexuais e Homens T não só relataram maiores índices de violência em cada categoria - 65% violência sexual e 79% violência física, mas também declararam sentirem-se menos seguras na cidade comparativamente a outras pessoas LGBT. Por exemplo, 60%  referiram sentir-se inseguros(as) a caminhar na rua durante o dia em comparação ao grupo de LGB, em que apenas 12% dos participantes manifestou esse medo.
Segundo Rebecca Rolfe, estes estudos e os seus resultados são "muito importantes" para ajudar as pessoas a entender que a LGBT-fobia é um problema preocupante e atual. A ativista acrescenta que o facto da LGBT-fobia estar tão presente em São Francisco poderá ser indicador de problemas semelhantes ou piores em outros estados norte-americanos. A investigadora refere ainda que a polícia não pergunta a orientação sexual ou identidade de gênero das vítimas, o que faz com que certos crimes de ódio não sejam catalogados como tal por falta de informações. Por exemplo, o relatório de crimes de ódio referente ao mês Dezembro apenas identificou 33 pessoas, um número bastante inferior à realidade, segundo Rolfe.
O estudo verificou ainda que uma elevada percentagem de pessoas LGBT ficam relutantes em fazer queixa às autoridades competentes por sentirem "altos níveis de desconfiança", considerando que a polícia não os irá ajudar. De facto, 44% das pessoas que sofreram violência física não apresentaram queixa. Apesar de ser um estudo local, realizado apenas numa cidade norte-americana, os investigadores acreditam que poderá ter implicações a nível nacional. O estudo contou com mais de 400 participantes.
Informação via: San Francisco LGBT Community Center  
San Francisco LGBT Community Center

11 março, 2015

Conheça Hanna Zoey Tur, primeira repórter T da televisão americana

Foto: Inside Edition

Antes de assumir para o mundo sua identidade de gênero e sua cirurgia de redesignação de sexo, Hanna Zoey Tur de 54 anos prestava a mesma profissão na condição masculina, informando notícias direto de um helicóptero. 
Hanna, que tem uma ex-esposa e dois filhos já adultos. "Pessoas tinham-me dito que eu nunca iria trabalhar novamente depois que me assumir." disse ela.
                                                                Zoey Tur antes de assumir para o mundo a sua transição
Em uma edição jornalistica , Hanna pilotou um helicóptero para ver se sua transição tinha afetado suas habilidades de pilotagem. 
Em sua carreira, no ano de 1988 foi referencia no jornalismo em Los Angeles, por salvar 54 pessoas durante uma tempestade no sul da Califórnia, pilotando um helicóptero com rajadas de ventos à noite, e recebeu numerosos prêmios pelo seu heroísmo. Em 2015 foi contratada para ser correspondente especial da Tur Inside Edition, tornando assim a primeira repórter transexual da televisão aberta nos Estados Unidos.
Hanna também tem sido destaque no programa NBC Today e frequentemente aparecendo na Fox News e CBS.
                                                                                              Foto: Inside Edition
Foto: Arquivo Pessoal