21 novembro, 2013

Argentina vence o primeiro Miss América Latina Trans

A Vencedora foi eleita não apenas pela beleza, mais também pela luta pelo direitos de Travestis e Transexuais

Kimberly Luciana Dias
Do Mundo T, em São Paulo

BUENOS AIRES -. Na cidade de La Plata foi organizado o primeiro concurso Miss América Latina Trans , e a vencedora é o santiagueña Sofia Serrano . Ele ganhou o título, derrotando 14 participantes de diferentes países da região em uma competição onde além da beleza, a vencedor teve de defender e promover os direitos humanos . 

"Deste criança, na jardim de infância, eu sempre brincaca com as meninas na minha me escondia no banheiro de casa, pintado minhas unhas . Mas quando fiquei mais velha eu me senti reprimida, principalmente pelo meu pai ", disse Sofia que aos 21 anos ela se mudou para Buenos Aires . 

Depois de dois anos de vida em Buenos Aires, e graças a um grande esforço para chegar à frente, ela passou pela cirurgia de readequação de sexo: "Isso realmente me libertou e eu estou completamente feliz. E agora que eu sou uma rainha ".



No concurso, além de desfilar maiô e vestido, teve que responder a algumas questões relacionadas com a inclusão na sociedade e trabalho e da discriminação , que afetam tanto os direitos a que têm direito as pessoas trans.

Agora que eu ganhei uma viagem para o Uruguai e eu vou para fora do país pela primeira vez. então eu vou continuar estudando design que eu gosto, para tentar obter um emprego relacionado e, obviamente, continuar a defender os nossos direitos ", concluiu a vencedora. 

Reivindicar direitos é o Foco do Concurso


No entanto, ao contrário dos tradicionais concursos de beleza, a vencedora não será a mais bonita, mas "que melhor defende os direitos humanos e promove-lo", disse Claudia Vasquez Haro, presidente da ong OTRANS associação, que organizou a competição .
"Nós queremos tomar posse de um concurso de beleza que a miss necessita de ter 60-90-60 estética hegemônicas, mas para pôr em causa o que é o nosso corpo e a influência do espaço público e político para reivindicar os direitos dos LGBTI coletivo (lésbicas, gays , trans, bissexuais e intersexuais) ", disse Vasquez Haro.
As participantes responderam a questões relacionadas com os direitos humanos, incluindo os seus direitos como mulheres Trans, vitórias alcançadas.
Miss América Latina Além também premiou outras participantes: falta de integração, Miss Simpatia, Miss Fotogenia e Miss traje.
"Com o traje também queremos mostrar que a identidade trans, há também a identidade cultural, onde é que cada um", explicou Vasquez Haro, originalmente do Peru.
A competição quebra estereótipos


A idéia do concurso foi crescendo constantemente, como no primeiro "um exercício destinado a aumentar a visibilidade da comunidade, escolher a mais bonita, para que os estereótipos seja quebrados, desempenhamos um papel fundamental o local para a realização do concurso, um teatro bar La Plata, a cerca de 60 quilômetros ao sul de Buenos Aires.
"O Teatro Bar de La Plata é um lugar tradicional, onde concertos e shows são feitos e onde as pessoas não estão acostumadas a ver essas meninas, que em sua maioria trabalham nas ruas, ou em espetáculos", disse Vasquez Haro .
O júri, foi composto por políticos, acadêmicos e artísticos incluem os legisladores como Diana Conti e Maria Rachid, pesquisadora Silvia Delfino e a política Saintout Florence, entre outros.
"Miss América Latina Trans faz parte de um processo histórico onde os transexuais coletivos fundamentais, travestis, gays e lésbicas na Argentina tem feito progressos na expansão de seus direitos e de construção da cidadania, como a Lei de Identidade de Gênero e Equal Marriage Act ", concluiu Vasquez Haro.

Nova regra para redesignação de sexo no SUS contempla Transexual masculino

Processo inclui também, terapia hormonal, retirada de mamas, úteros e ovários, próteses de silicone, adequação das cordas vocais
O Ministério da Saúde publicou, nesta quinta-feira (21), novas diretrizes para atendimento de transexuais e travestis pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As novas regras contemplam os transexuais masculinos: pessoas que são fisicamente do sexo feminino, mas se identificam como homens. Esse grupo não estava incluído na portaria que regia o processo de mudança de sexo pelo SUS até então.

 A Portaria 2.803 de 19 de novembro de 2013, publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial da União, estabelece que os transexuais masculinos tenham as cirurgias de retirada das mamas, do útero e dos ovários cobertas pelo sistema público. Eles também passam a ter direito à terapia hormonal para adequação à aparência masculina.
Já as transexuais femininas – aquelas que nascem com corpo masculino, mas se identificam como mulheres, também terão um tratamento adicional coberto pelo SUS: a cirurgia de implante de silicone nas mamas. Desde 2008, elas também têm direito a terapia hormonal, cirurgia de redesignação sexual, com a construção de neovagina, e cirurgia para redução do pomo de adão e adequação das cordas vocais para feminilização da voz.
Para o cirurgião Walter Koff, professor de Urologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e coordenador do Programa de Transexualidade do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, a nova portaria representa um avanço. “Temos 32 pacientes na fila esperando essa portaria para poder retirar mamas, ovários e útero. Isso vai ser muito importante.”
O Avanço tem sido muito grande no Brasil, país que com umas das legislações mais avançadas na áera de transexualidade diz Walter Kolff
O Hospital de Clínicas de Porto Alegre é um dos quatro centros brasileiros capacitados para realizar esse tipo de tratamento. A instituição já fez 168 cirurgias de redesignação do sexo masculino para feminino.
A partir de agora, também terão direito a atendimento especializado pelo SUS as travestis, grupo que não tem necessariamente interesse em realizar a cirurgia de transgenitalização.  A portaria define que o tratamento não será focado apenas nas cirurgias, terapias hormonais, em um atendimento global com equipes multidisciplinares.

Para Koff, uma crítica à portaria é o fato de ela não incluir a cirurgia de redesignação de sexo do feminino para o masculino: a construção do pênis, também chamada de faloplastia. Segundo o Ministério da Saúde, o procedimento não pode ser plenamente incluído, pois ainda é considerado experimental no país, de acordo com uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM).
“Não consideramos essa técnica como experimental, ela é feita no mundo inteiro. É uma técnica muito similar à utilizada em homens que perdem o pênis por acidente ou doença”, contesta Koff.
Polêmica da idade mínima
As novas regras estabelecem a idade mínima de 18 anos para início da terapia com hormônios e de 21 anos para a realização dos procedimentos cirúrgicos. Essas são as mesmas idades estabelecidas pela Portaria 457, de 19 de agosto de 2008, regra que regia o processo de mudança de sexo até então.
Em 31 de julho deste ano, o Ministério da Saúde chegou a publicar uma portaria para definir o processo transexualizador pelo SUS - suspensa no mesmo dia de sua publicação - que estabelecia a redução da idade mínima para hormonioterapia para 16 anos e dos procedimentos cirúrgicos para 18 anos, o que foi revisto nas novas regras.
Segundo o Ministério da Saúde, essa revisão foi decidida para adequar as normas à resolução 1955, de setembro de 2010, do CFM.
Para Koff, o ideal para o paciente é passar pelo tratamento o quanto antes. “Vamos reivindicar que se abaixe a idade mínima para a cirurgia e para o tratamento com hormônios. Quanto antes, melhor. Como esse processo começa na infância, quando eles têm 16 anos, já estão no fim da puberdade e têm condições de tomar a decisão”. Segundo ele, o tratamento precoce pode evitar sofrimentos no âmbito social e afetivo.
Mariana Lenharo - Do G1, em São Paulo

20 novembro, 2013

CCJ aprova projeto que autoriza transexuais mudarem de nome



Sem mobilização e esquecidas pelo movimento LGB, o projeto foi aprovado, agora vai ao Plenário do Senado, caso os senadores mantenham o texto aprovado pela Câmera, O PLC/2007 estará pronto para ser enviado à sanção da presidente Dilma Rousseff.

O projeto não é perfeito, existe muitas falhas, porém nos dá a legitimidade perante a lei 

Varias Travestis e Transexuais pela manhã de hoje aderiram a uma campanha, trocando a foto do perfil do facebook e compartilhando o banner criado como apoio, e não demorou muito para chegar o resultado.

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou nesta quarta-feira projeto que autoriza transexuais a mudarem de nome mesmo que não tenham realizado cirurgia para a mudança de readequação de sexo.

Há leis municipais e decisões judiciais que autorizam a troca dos nomes de registro para os chamados "nomes sociais" adotados pelos homens e mulheres transexuais, mas a mudança ainda não é prevista em legislação nacional.

Pela proposta, homens e mulheres transexuais terão o benefício quando forem reconhecidos por decisão judicial e também quando forem declarados oficialmente transexuais por laudo de avaliação médica, mesmo sem a realização de cirurgia.

A proposta ainda precisa ser analisada pelo plenário do Senado antes de virar lei. Autor do projeto, o deputado Luciano Zica diz que seu objetivo é atenuar o "sofrimento dos homens e mulheres transexuais e permitir que sejam reconhecidos pelo seu nome social, por ele escolhido".
Relator do projeto, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) defendeu a mudança do prenome ao relembrar a ex-funcionário de seu gabinete na Assembleia Legislativa de São Paulo, que assumiu sua identidade de gênero oficialmente como homem trans, mas não conseguiu mudar seu nome.

Suplicy disse que adotava o nome social de Anderson Herzer, chegou a prestar um concurso público, mas à entrada do exame médico os examinadores duvidaram de sua identidade um exemplo dos sucessivos constrangimentos a que foi submetido.
"A mudança do nome se insere como necessária, no bojo do tratamento das pessoas transexuais, com a finalidade de evitar equívocos e constrangimentos que ocorrem, a todo momento, quando não se reconhece a verdadeira situação do identificado", disse Suplicy.

Abaixo comentários de varias Ativistas e Personalidades Trans:

Bianca Mahafe: "Na Teoria está belíssimo vamos ver se na pratica funciona!"

Agatha Lima: "Finalmente depois de tanta luta, parece que a luz no fundo do túnel começa a brilhar."

Daniela Andrade: ressaltou, "Eu não concordo que seja um retrocesso. Retrocesso é esperar mais quantos anos para que a lei João Nery seja aprovada? Mais 20 ou 40 anos? Pois estamos há 20 anos com sucessivos projetos de lei similares apresentados no Congresso Nacional e as pessoas se lixando para isso, o que recai no desde sempre vazio jurídico no que diz respeito às pessoas transexuais. Há o que ser melhorado na lei, mas descartá-la como se ela inteira não valesse só pode fazer sentido para quem não passou como eu passei por exigências violentas da justiça brasileira com um Ministério Público requisitando que eu provasse que sou castrada quimicamente, por ex, entre outras aberrações como requisitar perícia médica pra saber se a pessoa é operada."

17 novembro, 2013

Ativista transgênero expõe suas queixas em uma carta ao Papa Francisco

A equatoriana Diane Marie Rodriguez Zambrano enviou uma carta ao pontífice com os dizeres: "ativando os direitos humanos com ênfase em grupos LGBT e diversidade sexual".


Fotos: Arquivo Pessoal/Facebook

Papa Francisco recentemente enviou um questionário aos bispos de todo o mundo a uma consulta global sobre a evolução da família moderna, portanto, Diane Marie Rodriguez Zambrano queria abordar por uma carta que mostra a sua opinião sobre o questionário, especificamente na parte que diz a respeito aos ativistas LGBT. Começa por felicitar o papa pela inclusão de questões relativas aos direitos dos LGBT (casamento gay, etc), mas em última análise, a carta é um crítica ao tratamento que a Igreja dá a certos problemas sociais .
Diane Marie aprecia o fato incluído na consulta "temas relacionados às populações de sexo genericamente diferentes" globais, mesmo que seja uma declaração implícita de abertura por parte da Igreja ", cria uma esperança enorme a populações LGBT " .
A transexual, que é reconhecida ateu considera, portanto, tem o dever de "consultar várias perguntas sobre a abordagem dos mesmo as perguntas incluído no LGBT".
Em uma delas, é a atitude da Igreja ao status de união civil entre pessoas do mesmo sexo, e também para as pessoas envolvidas em tais uniões, questionado sobre qual seria o interesse da religião antes da união civil sobre os estados democráticos. "não deve interessar apenas pelos sindicatos eclesiásticas por não ter dedicado seu casamento com a Igreja? cidadãos têm claro que há uma enorme diferença entre casamento e união civil eclesiástico ? ", pergunta Diane Marie. A seguir, explica a situação legal no seu país sobre o casamento e explica: "No nosso país há um casamento civil Feito União de aspectos legais Compreender o interesse de Sua Santidade, é necessário mencionar que, na opinião daqueles que exercem. direitos e respeitar a Constituição atual, a figura ou o termo casamento deve desaparecer dos aspectos jurídicos do nosso país, estimando-se que as suas raízes etimológicas vir de Direito Canônico, que responde à religião católica, por que é inconsistente, como o artigo 1 º da nossa Constituição querida, que afirma que o Equador é um Estado laico e, portanto, devem ser feitas apenas durante a união civil equatoriana.
Em relação à questão do comportamento pastoral da transmissão da fé aos filhos de um mesmo sexo, Diane Marie destacou que o objetivo seria transmitido em um dogmas "adequados" introduzidas pela religião católica para as crianças , e são naturais, in vitro ou adotado, mas que discrimina grupos LGBT pessoas que pertencem a outras religiões e ateus, pois coloca a educação como o único caminho da religião católica.
Por fim, o ativista disse que a Igreja deve repensar suas atitudes para com as pessoas LGBT ou seus filhos não vão, no futuro, para as dificuldades que ela continua a sofrer sob a influência da religião católica . Assim explica: "Eu tenho 31 anos e as influências da religião católica local não me permite: identificar o que sinto pelo meu voto, que eu não estou autorizada a casar civilmente, eles não querem tomar, seja com meu lado feminino que podem manter uma relacionamento com uma mulher engravidar "naturalmente", não me permita trabalhar em uma empresa para o meu lado feminino e minha voz profunda me trai sendo XY, não posso estudar sem me questionar a minha identidade, e, certamente, se eu nunca chegar a morrer a um hospital para ver o meu lado feminino e meu sexo de nascimento, duplamente prejudicado minha vida. "
Fonte: Carla Gómez - www.cascaraamarga.es / Tradução: Kimberly Luciana Dias - Mundo T - São Paulo

Nasce uma nova Diva, conheça ela, Paloma Travestixx

Personagem vai abordar vários assuntos do cotidiano de uma trans em forma de humor 
Kimberly Luciana Dias
Do Mundo T, em São Paulo

Vejam o vídeo da Perigosa Paloma Travestixx

Sucesso absoluto no YouTube, diariamente muito estressada, a perigosa Paloma que morou 10 anos na Europa, como a mesma não é uma pessoa sociável e de forma alguma jamais responderia essa entrevista , eu correria o risco de ser rasgada, mais em primeira mão o blog Mundo T, conversamos como o criador da personagem, o cantor e ator Raffael Uchoa, que cedeu uma entrevista  representando a babadeira.

Mundo T - Como nasceu a Paloma Travestixx em sua vida?
Raffael Uchoa: A Paloma veio a partir, de eu reparar em muitas Trans, as chamadas babadeiras, as que não é só travesti que dá o c..., ela é aquela travesti que não deixa  barato, ela corre atrás do prejuízo mesmo, então reparando em algumas travestis assim, eu como sou um macaco de imitação, dei vida a Paloma, que é  a Pior de todas!

Mundo T - Você trabalha com essa personagem em seus espetáculos?
Raffael Uchoa: Não nunca fiz show com a Paloma, ela nasceu inclusive no dia do vídeo, ali nasceu ao que elas chamam de Diva Paloma.

Mundo T - Você está preparado para a explosão de acessos do vídeo?
Raffael Uchoa: Bem quando eu terminei de gravar o vídeo, eu vi, e falei para mim mesmo, se o mundo conhecer Paloma ela fica mais famosa que Coca Cola com rato, então estou preparado sim, com criticas e elogios.

Mundo T - Você acredita que esse humor possa contribuir por uma sociedade com menos preconceitos ?
Raffael Uchoa: Bem, a Paloma ela intima qualquer um, inclusive até uma outra travesti, e uma vez no vídeo do Paulo Gustavo ele diz, eu não agrido uma "sapatão e um negro porque se eu falar o que eu acho deles eles me batem, já um gay você agride e ele não faz nada" pois, a "Paloma é uma travesti, e ela agride ate mesmo quem olhar feio para ela, então creio que as pessoas vão gostar dela, e aceitar ela sendo uma travesti perigosa, e passar a olhar mais sim para as trans. Creio que ira ajudar sim a diminuir um pouco esse afastamento da sociedade com as travestis e transexuais, ou melhor impor mais respeito."(risos)

Mundo T - Você pretende dar continuidade com os vídeos da Paloma Travestixx?
Pretendo sim a cada 10.000 views vou fazer um novo vídeo.

Mundo T - Qual o verdadeiro motivo da real revolta da Paloma ?
Raffael Uchoa: Na verdade ela não esta revoltada, ela é pavio curto e como ela mesma diz, " é meia estressada, e não tem paciência não" (risos) ela vai abordar vários assuntos que irritam as travestis, e vai em defesa mesmo, tudo que irrita ou irritou uma trans ela vai abordar e de forma bem pesada aguardem.

Mundo T - O que a Paloma Travestixx teria a dizer para as Travestis e publico geral que adoram ela ?
Raffael Uchoa: Bem, essa é uma pergunta difícil porque eu analiso ela, não estou nela, por enquanto, quando ela vier ela responde, mas já vou adiantando q elogios ela agradece encarando feio, ela não é uma pessoa muito simpática não, (risos) eu acho que ela falaria assim: " Tudo bem gente, prazer meu nome é Paloma eu sou travestixx ... ela vai agradecer fazendo mais videos, não sei mesmo o que ela falaria mesmo. (risos)

Mundo T - Notamos a Paloma transmitir um recado, depois de todas as transformações físicas para a sua identidade de gênero feminino, é obrigada a exercer o papel sexual do homem na sociedade, é um assunto polemico que sempre dá babado, e foi um grito de muitas nesse momento! Sua opinião?
Raffael Uchoa: Realmente ela é uma travesti, se fez todinha agora pra ser colocada como o homem na cama, sei que isso irrita muitas, ainda mais quando eles perguntam "Quantos centímetros você tem? Acho que isso irrita qualquer trans, por mais que algumas são ativas, elas se veem como mulher, então quando o homem vem procurar elas dessa forma, há uma certa estranheza não é verdade? Maioria delas, eu quis ir em defesa disso mostrar com isso fui um homem não sou mais, me trate como uma mulher, porque um homem não procura uma mulher pra comer ele?"

Quem quiser se escrever no canal de vídeos, para acompanhar possíveis novas aventuras dessa Diva, basta clicar aqui ao lado no Canal do YouTube 


15 novembro, 2013

Conheça Malva, a travesti prestes a completar 97 anos

De origem chilena com 17 anos de idade, cruzou a Cordilheira dos Andes a pé até chegar  a Argentina, enfrentando a perseguição das travestis e transexuais praticada por vários governos

Kimberly Luciana Dias
Do Mundo T, em São Paulo
Foto: Marieta Vazguez
Pesquisando sobre as políticas das mulheres T na Argentina na atualidade sem querer me esbarro com essa vovózinha T, essa lindeza o nome dela é Malva a travesti mais velha desse país, ou quem sabe do mundo, hoje ela é colunista no suplemento da Página/12  que pertence a equipe de O Weave, a primeira revista trans na América Latina. Sem saber usar computador, ela escreve tudo em um caderno e em seguida em uma maquina de datilografia.


Minhas mãos estão cansadas mais "Minhas idéias, meus pensamentos estão muito coordenados. Coordeno bem". diz Malva.
Malva sempre soube de sua identidade de gênero, era algo genético que não haveria como escapar, cruzou a Cordilheira do Andes a pé para encontrar a liberdade sexual, foi presa varias vezes pelos governos peronistas, pois não se encaixava no sistema moral, trabalhou como garçom, chefe de cozinha, nos melhores restaurantes de Buenos Aires, já mais assumida foi costureira e figurinista de grandes estrelas do teatro de revista em Corrientes, e pasmem a linda até viajou para cá no Rio de Janeiro onde trabalhou montando os figurinos de escolas de samba. 
Ela adora conversar, tanto que às vezes prefere ficar em silêncio por dias. Quando sai para comprar pão ou tomar o ônibus, as pessoas a chamam de avó, relata com muito orgulho. Hoje é tudo maravilhoso, a presidente Cristina Kirchner, me deu o que eu sempre queria na minha vida "A Liberdade", tive o prazer de entrar na Casa Rosada como uma travesti, e a nossa presidente faz a lei de forma igual, isso nunca havia acontecido deste inicio da história desse país. disse ela em lágrimas. 

Malva e sua biografia, escrita por ela mesma

Na América do Sul, incluindo o Brasil a média de vida de uma Travesti e Transexual é de 35 anos, esperamos que essa dura realidade mude e passamos a ver histórias como essas de superações! 


                                                                                   Foto: Ronaldo

 Adeus, Malva! Falece aos 99 anos a Travesti mais idosa do Mundo

Kimberly é uma Blogueira, Digital Influencer e Travesti, natural da cidade de Fernandópolis, interior de SP, Voluntária na militância pelos Direitos, Cidadania e Visibilidade Positiva das Travestis e Transexuais em Redes Sociais. 

✉ Contato: luciana.kimberly@terra.com.br

14 novembro, 2013

São Paulo recebe oficina que ensina segredos das drag queens e transformistas

Ótimo momento para se profissionalizar nessa área 

Divulgação Enviado por E-mail
Do Mundo T, em São Paulo
(Foto: Arquivo Pessoal/Facebook)

Dalvinha Brandão é o alterego do ator e diretor teatral curitibano Gustavo Bitencourt, que coordena oficina de três dias (29 e 30 de novembro e 1º de dezembro) no COMO Clube, em São Paulo. No programa, técnicas de maquiagem, dublagem, penteados e enchimentos, e também espaço para questões conceituais, estéticas e históricas do transformismo.

A primeira “montaria” foi há não muito tempo, aproximadamente três anos, no aniversário da amiga, a transformista Bia Mathieu, em Salvador. De lá pra cá, promoveu em Curitiba, onde mora, várias festas e eventos onde incentivava os amigos a se montarem e performarem. “O plano é entravecar pelo menos 40% da cidade até 2016”, ironiza.
Segundo ele, os espaços destinados a performances de transformistas e drag queens foram se reduzindo nos últimos 20 anos e hoje são praticamente inexistentes. “Quando comecei a frequentar a noite, nos anos 1990, ainda não se falava em drag queen. Eram algumas poucas transformistas que faziam shows. Com o filme 'Priscilla' (1994) houve um 'boom' que durou alguns anos... Mas esse movimento foi se dissolvendo, porque é um mercado muito difícil”, lembra.

Esse foi o maior incentivo para investir nessa pesquisa. Segundo conta, o maior interesse foi o conhecimento desenvolvido por esses artistas, que parecia fadado ao desaparecimento. “Tem técnica pra tudo, pra maquiar, esconder sobrancelha, fixar a maquiagem, criar acessórios, customizar perucas, unhas, mudar o corpo, dublar, dançar. De lá pra cá eu não consegui parar. Eu passo pelo menos umas duas horas por dia, todos os dias, pesquisando e testando técnicas, descobrindo histórias, imagens, nomes. Se alguém olhar pras minhas primeiras montagens e as de hoje dá pra ter uma ideia da diferença.”

Ele conta que o propósito da oficina não é formar profissionais, porque isso seria impossível em tão pouco tempo. A ideia é acima de tudo criar um espaço amigável e divertido para que as pessoas possam ter a experiência de se transformar, experimentar, e conhecer alguns caminhos para pesquisar por conta própria.

Gabriel Machado, ator e performer curitibano, que já participou do curso, conta como isso acontece: “Até a pessoa mais tímida fica à vontade, porque é um ambiente muito legal. A gente aprende diversas técnicas, mas o Gustavo/Dalvinha sempre deixa claro que não existe uma maneira única. Ele está mais interessado em nos ajudar a descobrir o nosso próprio jeito de realizar o que a gente quer, trazer referências relacionadas.”

Quanto ao público, Gustavo informa que qualquer pessoa que tenha interesse pode participar, independentemente de gênero ou idade. Mas avisa também que são pouquíssimas vagas e que é bom se apressar.

SERVIÇO: Entravecando com Dalvinha Brandão. Dia 29/11, das 19 às 22h. Dias 30/11 e 1/12 das 15 às 18h. COMO Clube. Praça da República, 80/905. Investimento: R$300. Inscrições até 26/11 mediante sinal em depósito bancário. Informações: dalvinhabrandao@gmail.com ou 11 96962 1992 (com Mavi)

Miss T Brasil, passeia pelo centro de São Paulo, e sofre transfobia em rede social

Senhora julga ser mulher de Deus, condena a bela Raika Ferraz e recebe solidariedade das Travestis e Transexuais em página do facebook

Kimberly Luciana Dias
Do Mundo T, em São Paulo

Foto: José Patrício/Estadão Conteúdo

Miss T Brasil Raika Ferraz, passeia pelo centro de São Paulo e posa para fotos na Praça da Sé, é destaque na coluna Tudo Miss, do site R7, despertando holofotes e como sempre se espera, pessoas que usam a fé a palavra de Deus para distribuir ódio, postou um comentário muito diminuitivo referente a nossa bela Miss.


Confira Abaixo!
                                                                                                  Foto Print: Lara Tous

Com essas palavras "Ele pode mudar tudo mas o que realmente ele é está na cara dele. Obrigada Deus por mim ter feito mulher, mãe, e senhora da casa, com muito orgulho de ser mulher de Deus!" disse a religiosa. Durante toda a tarde a página recebeu a solidariedade das Travestis e Transexuais, comovidas com a falta de humanidade que o ser humano é capaz do dia de hoje em nome de uma religião!

Majorie Marchi, Coordenadora do Miss T Brasil, rebateu: "Se Tivesse Deus na sua vida, realmente teria aprendido a respeitar o próximo, já que o julgamento a ele pertence! Usar o nome dele para espalhar o preconceito e desigualdade, prefiro não crer nesse Deus". A Militante  e administradora do nosso grupo Mundo T, Kamilla Alves, também fez questão de deixar sua opinião e disse: "Respeite o significado da palavra de Deus, ele significa amor boa-venturança e alegria, o ódio de suas palavras é coisa do mal, que vive dentro de si".

Acompanhe os demais comentários e deixe seu ponto de vista na página do Tudo Miss

Foto: José Patrício/Estadão Conteúdo
A Bela Miss T Brasil, Raika Ferraz posa para fotógrafos e desfila sua beleza pelo centro de São Paulo, lembrando que ela representa o Brasil no principal certame da beleza do mundo o Miss Internacional Queen, ano que vem, na Tailândia, onde Marcela Ohio é a atual detentora do título.

E deixamos um recadinho a nossa bela Miss T Brasil, não se deixe abalar com esse tipo de ser humano que querem desconstruir o que estamos conquistando a duras penas, você tem o dom da beleza, e isso DEUS lhe deu, força se prepare e nos representa dignamente lá fora, porque temos certeza que você é capaz! O país onde tem pessoas que são capazes de julgar é um país também de mostrar para o mundo nossas belezas, educação, cidadania e conquistas!

11 novembro, 2013

Mulher Transexual, Agatha Lima realiza o sonho e se casa vestida de noiva

Transexual Redesignada, realiza o sonho de varias mulheres transexuais se casando vestida de noiva, no civil e religioso, o casal já pensam na adoção de um bebê

Kimberly Luciana Dias
Do Mundo T, em São Paulo
(Foto: Arquivo Pessoal/Facebook)

Ribeirão Preto/SP - Militante dos direitos das Transexuais e Travestis e empresária Agatha Lima e seu esposo Freddy Costa, segurança patrimonial e personal trainer, realizaram um sonho, passando por cima do preconceito num casamento, onde a Transfobia ficou para o lado de fora.

Ansiedade a parte chegou o grande dia do seu casamento, entre o estresse de decoração, floricultura,  buffet e convidados com direito de dia de noiva e tudo, para chegar linda, realizada e completa para a realização logo mais a noite em sua cerimonia de casamento, tão especial e representativo para a nossa Causa T.

Já no inicio de noite praticamente com a maquiagem finalizada, como uma Diva merece, Agatha se emociona com todo carinho e mensagens que recebe, e não esconde o friozinho na barriga.

Em sua entrada triunfal, seu buquê de rosas, com todas as cores do arco-iris, homenageando a bandeira da comunidade LGBT

(Foto: Arquivo Pessoal/Facebook)

Amigos  e familiares emocionados, a convidada Alanna Berkley, disse, que foi a coisa mais linda e emocionante que já vivi nos últimos tempos, só quem esteve presente sabe a magia desse dia.

A festa foi elaborada em estilo lual, definindo bem a cara do casal, convidados todos de branco e como Agatha tem sua documentação civil  reconhecida como mulher, o casamento foi no civil e religioso, não foi um casamento homoafetivo. O casamento foi em regime universal de bens, já que os dois são conceituados na profissão que exercem. 

Abaixo Agatha e Freddy falaram em primeira mão com nosso blog sobre essa emoção insuperável na vida do casal!

(Foto: Rosangela Ruvieri)

Mundo T - O que você tem a falar para a sociedade que não aprova um casamento de uma mulher Transexual com um Homem?
Agatha Lima: São pessoas que veem a mulher transexual como se fosse um gay, e sabemos que as pessoas trans não são gays não é mesmo? Para mim a sociedade que não aprova a minha forma de amar, elas não tem a informação correta do que são mulheres trans ou não aceitam a mudança física dessas.

Mundo T - Qual a importância da visibilidade do seu casamento para uma sociedade com menos preconceitos?
Agatha Lima: Esse casamento é uma prova que quando somos, lutamos contra esse preconceito tudo é possível, quando temos um grupo de amigos, que te aceita como ser humano, e não com o que você carrega no meio das pernas, isso é sempre possível, acho que todas as pessoas trans podem passar por esse momento maravilhoso, principalmente se tem o apoio e respeito da família, assim como tenho. E Confesso que tinha muito medo de não vir ninguém, na verdade eu queria mesmo saber quem era de acordo com a minha condição sexual e que realmente me respeita como eu sou, e o resultado foi esse de 100% de aprovações, vieram todos sem questionar nada, sem piadinhas e foi lindo.

Mundo T - O que tem a dizer as outras mulheres transexuais que tem esse mesmo sonho em casar vestida de noiva de véu e grinalda? 
Agatha Lima: O vestido de noiva é o sonho de todas as mulheres cis, e nós mulheres trans não somos diferentes, queremos também passar por essa experiencia, o branco significa a pureza de uma noiva cis de acordo com a tradição hétero e nós vemos isso também dessa forma, somos puras não quanto virgindade mas sim como caráter e gênero feminino, esse casamento me completou quanto mulher e isso fez de mim uma mulher mais forte para enfrentar a sociedade que sempre nos exclui.

Mundo T - Como você descreveria Agatha Lima ?
Freddy Costa: Ela é tudo para mim, me completa em todos os sentidos, o fato dela ser operada não mudou em nada no amor que sinto por ela, pois eu amo a pessoa dela, e não pelo que tem no meio das pernas, cautelosa, dedicada a casa, família, seus trabalhos sociais e a mim. Sou o homem mais completo e realizado desse mundo e agradeço a Deus todos os dias por ter colocado Agatha em minha vida.

Mundo T - Você tem sonhos de filhos? Pensam em adoção?
Freddy Costa: A unica coisa que meu amor não pode dar a mim é um filho, e não descarto a possibilidade de adotarmos um bebê, tenho certeza que ela seria a melhor mãe do mundo.

Mundo T - E finalizando a entrevista, qual foi aquela frase que o Freddy disse a você naquele momento no altar? 
Agatha Lima: Jamais vou esquecer, ele pegou em minhas mãos e disse: "Amor você está mais linda que tudo nessa vida, você está transbordando luz, você é o meu sol, minha lua cheia sempre."

Felicidades a vocês Agatha Lima e Freddy Costa, sejam fiéis, fortes para enfrentar o preconceito e toda a hipocrisia do mundo juntos, e Deus por ter colocado um na vida do outro, são nossos votos de felicidades do nosso Blog e Grupo Mundo T.

(Foto: Rosangela Ruvieri)
Não poderia faltar esse detalhe para finalizar a matéria e não essa linda História de Amor