Quase sempre rejeitados no mercado de trabalho no Rio de Janeiro, os travestis procuram na prostituição uma chance para se manter. Além de não conseguirem emprego, muitos reclamam do preconceito na sociedade, conforme mostra a reportagem especial da Record (assista ao vídeo abaixo).
Amanda Lima é um exemplo da discriminação. Ela é chefe de cozinha e conta que sofreu com a diferenciação por conta da sua opção sexual na última proposta de trabalho que recebeu.
— Ele me propôs que daria três meses da minha passagem para eu ir e voltar, como se fosse um estágio. Depois desses três meses ele iria dizer se eu estava qualificada para ficar no emprego ou não.
Outro exemplo disso, aconteceu com Evelyn Oliveira. Ela se especializou na linguagem para surdos e mudos e trabalhava em uma faculdade federal de pedagogia, onde foi proibida de utilizar o banheiro feminino. Depois da frustração, ela resolveu entrar para a prostituição.
— O que adianta a gente querer ser aceita se isso não vem desde antes. Mas isso é uma coisa normal, negros já passaram por isso, mulheres também e nós, travestis, vamos chegar lá.
Para a grande maioria dos travestis, a esquina é a única maneira de ganhar a vida. Mas para toda regra há uma exceção. Tatiana Crispim é uma delas, ela é advogada e trabalha em um escritório de advogacia na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. Apesar das dificuldades para atingir suas metas, hoje ela conquistou a confiança e o reconhecimento dos colegas de trabalho.
Assista ao vídeo: