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27 março, 2013

ATRIZ TRANSEXUAL, MARIA CLARA SPINELLI FARÁ PARTICIPAÇÃO EM “SALVE JORGE”



A atriz paulista MARIA CLARA SPINELLI, premiada como Melhor Atriz nos festivais de Paulínia, Mônaco e Los Angeles pelo longa “Quanto Dura o Amor?”, de Roberto Moreira, fará uma participação na novela “Salve Jorge” esta semana.

Veja a cena:




ASSISTINDO
Wanda alicia mais uma pessoa
A atriz, que quase ganhou uma personagem ano passado na série “O Brado Retumbante”, agora tem sua primeira chance na televisão. Será uma cena curta, como uma das traficadas na Turquia. A atriz gravou ontem no Projac com Nanda Costa e Totia Meirelles.
É ficar de olho no trabalho sempre vigoroso desta atriz luminosa.
Maria Clara Spinelli_9214 - 2[2]quanto-dura-o-amor









Fonte: 


PAULO NETO

Jornalista, Cineasta, roteirista, globetrotter

http://www.dropsmagazine.com.br/2013/03/26/atriz-maria-clara-spinelli-fara-participacao-em-salve-jorge/
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24 março, 2013

Bahia se prepara para realizar cirurgias para troca de sexo


Roberta Close, Léa T, Jeane Louise. Elas viveram o drama de terem o corpo masculino e a personalidade feminina. Permitido pelo SUS desde 2008, a cirurgia para mudança de sexo começa a dar os primeiros passos na Bahia


Fonte: Correio 24 Horas


Foto: Rafael Martins

Jeane Louise luta para ter a identidade feminina reconhecida pela lei, sociedade e pelos familiares
Carmen Vasconcelos
carmen.vasconcelos@redebahia.com.br
Aos 14 anos, Jeane Louise descobriu que não era gay como sempre imaginou desde os 9 anos, quando preferia brincar com as meninas e nutria um sentimento secreto por um colega de escola. Depois de muita terapia, conversas e sofrimentos, ela – hoje aos 20 anos - decidiu realizar a cirurgia para mudança de sexo, autorizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde 2008.
Ela e o cirurgião e urologista Roberto Rossi Neto, da Universidade Federal da Bahia, estão lutando para que o procedimento seja feito na Bahia, sem a necessidade de viajar para outro estado ou até mesmo outro país. Assim que eles conseguirem vencer as questões burocráticas do trâmite exigido pelo Ministério da Saúde, Jeane será a primeira transexual feminina a fazer a cirurgia de transgenitalização dentro do estado.
Como qualquer pessoa que se candidate ao procedimento, Jeane tem que esperar completar dois anos de terapia voltada para o chamado transtorno de identidade de gênero, além de contar com o trabalho de uma equipe capacitada e credenciada a um hospital universitário ou credenciado ao SUS para realizar o procedimento, que é muito específico e delicado. Só para se ter uma ideia da complexidade do procedimento, além de Roberto Rossi, apenas seis profissionais realizam o procedimento no país.
Com o retorno do médico à Bahia, após uma temporada de 13 anos atuando na Universidade de Essen, Alemanha, as esperanças de Jeane reascenderam.  Enquanto luta para deixar o corpo físico similar a sua essência, ela luta na Justiça para conseguir mudar o prenome e o sexo nos documentos pessoais.
“Meu processo foi indeferido inicialmente, com base em outros casos de transexuais que conseguiram fazer a adequação, espero conseguir alterar minha documentação”, diz. Ainda esse semestre, Jeane se submeterá a uma cirurgia mais simples para a colocação de uma prótese de silicone. “Espero que esse seja o primeiro passo para superar as muitas limitações que a condição de ser inadequada ao corpo traz”, completa.
Menina ou menino? Jeane é filha de pais separados e tem outros três irmãos: duas mulheres e um rapaz. Quando criança, morava com o pai e estudava em colégio de padres. O padrão de educação masculino, no entanto, não se encaixava no perfil quase delicado do menino que se comportava como menina.
Nessa época, um amigo de sala, com quem disputava as melhores notas, começou a lhe despertar sentimentos especiais que, naquela época, só causavam confusão. “Eu não contava nada a ninguém, mas não entendia por que eu gostava tanto dele”, relembra.
No entanto, nas brincadeiras do intervalo, as meninas eram suas companhias prediletas. O comportamento não passou desapercebido e a professora da época classificou como inaceitável. “Morria de medo que meu pai fosse chamado na escola por isso, cheguei a implorar que ela nunca contasse a ele”, lembra. O segredo foi revelado dois anos depois, logo após uma peça teatral encenada na escola, quando Jeane interpretou uma menina que ficava menstruada.
“Convidaram meu pai sem que eu soubesse. Durante a conversa, fui tomada por pânico e muita vergonha”, conta. Como castigo, Jeane foi proibida de ficar na companhia de garotas e foi levada a um psicólogo para tratar o que chamavam de vergonha.

“Foi nessa época que comecei a achar que eu só podia ser gay porque gostava de meninos, nunca havia passado por minha cabeça que eu fosse transexual”, relata, recordando que a condição não foi assumida diante da família, apenas para poucas amigas. Aos 14 anos, a jovem conheceu o trabalho realizado pelo Grupo Gay da Bahia e por Milena Passos, presidente da Associação de Travestis e Transexuais de  Salvador(Atras).
“Nessa mesma época, conheci uma transexual chamada Fernanda e, de imediato, me identifiquei com ela, então soube qual era o meu lugar e o meu papel. Hoje, sou uma transexual cuja orientação sexual é ser hetero. Sou uma mulher que gosta de homem”, ressalta a jovem.
Consciente da sua identidade, Jeane começou a fazer as mudanças físicas que desejava. “A coragem de assumir vem com o tempo. Fiz as mudanças de forma paulatina para respeitar minha família, até mesmo o nome só feminilizei, mas mantive a escolha dos meus pais”,completa.
Hoje, Jeane mora com a mãe, tem um namorado que mora distante e construiu uma relação de respeito com o pai. “Eles não aceitam, mas respeitam a situação”. Em breve, Jeane também comemorará a formação universitária. “Ser transexual não significa se prostituir ou vulgarizar. Me espelho nos exemplos positivos, como Lea T, e  vou construindo minha vida”, diz.

Transgenitalização começa nos postos de saúde
O transexualismo é a condição do indivíduo que possui uma identidade de gênero diferente da designada ao nascimento, tendo o desejo de viver e ser aceito como sendo do sexo oposto. No Brasil, as pessoas interessadas em realizar a  transgenitalização pelo SUS devem, inicialmente, procurar os postos de saúde, que deverão dar início ao processo.
O serviço de atenção básica orientará para o encaminhamento ao serviço especializado, que fará as etapas preparatórias.Entre o pedido até a cirurgia deverão se passar, obrigatoriamente, dois anos, período no qual  o paciente vai se submeter a um acompanhamento psicológico, pois uma vez que a cirurgia é realizada, o procedimento é  irreversível.
Hospital não concluiu o processo para procedimento cirúrgico
Na Bahia, o Hospital das Clínicas (Hupes/Ufba) seria o centro universitário que realizaria os procedimentos. No entanto, a falta de formação de equipes capacitadas impossibilitou, até agora, a transgenitalização no estado. Até então, as pessoas  interessadas em realizar o procedimento precisavam  viajar para outros estados, para o chamado  tratamento fora do domicílio. Pela alta complexidade e novidade, a cirurgia não é feita na rede particular e o  custo estimado para realizar a mudança de sexo é de R$ 20 mil.
O acompanhamento depois da cirurgia é fundamental para o sucesso e deve durar,  pelo menos, dois anos, quando o paciente - que precisa ter 21 anos -  usa o stent vaginal para impedir que o corpo feche o novo espaço, a neovagina.
Um comentário:

23 março, 2013

HOMEM QUE SE RELACIONA COM TRAVESTI é GAY?


Blog NLucon



Importantes depoimentos para o Trans em Debate. Entenda todos clicando aqui: 

http://nlucon.blogspot.com.br/2013/03/trans-em-debate-homem-que-fica-com.html

A Astra Rio anuncia a abertura das inscrições para o Miss T Brasil 2013.



O Regulamento, a forma de inscrições e demais informações no Blog Oficial do Concurso:

http://misstbrasil.blogspot.com.br/

As inscrições só serão feitas através deste endereço, se você é ou conhece uma bela Travesti ou Mulher Transexual avise que começou a busca pela mais Bela Trans do Brasil... 


Fonte: Majorie Marchi


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22 março, 2013

Ator que fez travesti diz que nunca teve o desejo de ser uma mulher


Fonte: F5 Folha
Luis Salém, 49, fala sobre sua trajetória profissional no "Marília Gabriela Entrevista" (GNT) do próximo domingo (24).
O ator e comediante falou sobre seu último personagem na televisão, a travesti Ana Girafa da novela "Aquele Beijo" (Globo).
"Gostei muito do exercício, mesmo nunca tendo o desejo de ser uma mulher", afirmou.
"Eu sempre fui o engraçadinho", confessou. "Eu tenho uma maneira de olhar para o mundo que está muito ligada à comédia. Eu quero emocionar pelo riso."
"[Drama] não é a minha onda na vida e nem é onde eu quero me expressar", disse. "Mas acho incrível quem faz."
"Crítica faz parte do jogo", avaliou. "Às vezes você arrasa e às vezes arrasam com você. É mais fácil entender quando é favorável."
João Cotta/Divulgação TV Globo
"O homem vestido de mulher quase beira o palhaço", diz Luis Salém, que faz Ana Girafa em "Aquele Beijo"
"O homem vestido de mulher quase beira o palhaço", diz Luis Salém, que faz Ana Girafa em "Aquele Beijo"
2 comentários:

Em ‘Salve Jorge’, Wanda passará a aliciar travestis


A veterana determina que a novata cuide das mulheres, porque já está muito manjada nesse setor, e ela vai abrir novas frentes de “trabalho” 

Fonte: ACRITICA.COM
    Em ‘Salve Jorge’, Wanda passará a aliciar travestis e jogadores de futebol
    Em ‘Salve Jorge’, Wanda passará a aliciar travestis e jogadores de futebol(Divulgação)
    De acordo com a coluna “TV e Lazer” do jornal “Extra”, de volta ao Brasil, Wanda (Totia Meireles) e Rosângela (Paloma Bernardi) passarão a dividir a tarefa de aliciar pessoas para serem escravizadas na Turquia em “Salve Jorge”. A veterana determina que a novata cuide das mulheres, porque já está muito manjada nesse setor, e ela vai abrir novas frentes de “trabalho”. “Eu cubro a parte de shows de travesti, boates gays, desses garotos que querem jogar futebol e você fica com os bailes. Se encontrar alguém conhecido, nunca mais me viu, não teve noticias e nem faz questão de ter”, explica Wanda.
    Rosângela aproveita para dar uma alfinetada, dizendo que ela deixou um rastro por onde passou. “Com o tempo não tem como não deixar! É ruim pra mim essa dificuldade de me movimentar... Essa história de ter que ficar camuflada. Menos grana! Muito menos grana! Eu tô no sufoco e a chefa não abre a mão, não ajuda!”, reclama Wanda. A cena vai ao ar na próxima sexta-feira.
    Um comentário:

    18 março, 2013

    Travestis devem ir ao banheiro masculino ou feminino?




    Blog NLucon
    Curtir esta página · 14 de março 



    Confira depoimentos e contextos no TRANS EM DEBATE:

    http://www.nlucon.blogspot.com.br/2013/03/travestis-transexuais-banheiro-feminino-masculino.html

    Militância Trans, perde Giselle Meirelles

    É com muito pesar que comunico o falecimento da Presidente do Grupo Pela Vidda Rio de Janeiro, Giselle Meirelles, que muito fez pela instituição nos últimos anos e pelo movimento Transrevolução, agregando e lutando pelos direitos de todas as travestis e transexuais do estado do Rio de Janeiro.

    Giselle esteve internada desde o dia 22/02 no IPEC/FIOCRUZ e o quadro esteve sempre grave e com poucas possibilidades de reação.

    Neste momento só podemos lembrar da sua dedicação ao GPV-RJ e ao TransRevolução e eu particularmente compartilhei inúmeros momentos de alegria e de êxito dela no enfrentamento das iniquidades e exclusão que em geral envolvem o universo Trans.

    Para nós Giselle sempre será uma pisciana com muita vontade de vencer e crescer, mas que a vida aprontou esta peça para todos nós... a sua determinação permanecerá em nossa memória e na história de muitos de nós.

    É um momento de muita tristeza, mas a vida continua e ela nos deixou muitos frutos que plantou ao longo de seus quase 6 anos no GPV-RJ (chegou em 2008 e em 2012 se tornou a primeira presidente Trans do GPV-RJ).

    O velório será hoje a partir das 18 h na Capela J do Cemitério do Catumbi (próximo ao Sambódromo) funciona 24 h e o sepultamento está agendado para às 14 h de amanhã (18).

    Viva Giselle!!!Viva a Vida!!!

    Solidariamente,

    Marcio Villard


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    12 março, 2013

    Morre Erica Andrews, Miss Internacional Queen 2006



    Erica Andrews, conhecida  trans e drag diva, estrela do filme indie Dallas-filmado  Tiquetaqueado fora Trannies, morreu ontem à noite em Chicago a partir de uma infecção pulmonar, de acordo com relatórios.

    Miss International Queen 2006
    Erica Andrews
    (Mexico)
    Miss International Queen 2006

    SITE MIQ:
    http://www.missinternationalqueen.com/the_winner_2006.htm
    SITE ERICA ANDREWS:
    www.simplyerica.com/bio.htm


    σяιєитαℓ вєαυтч lötåðö - 13/09/2008

    Miss International Queen 2006
    Erica Andrews
    (Mexico)
    Miss International Queen 2006

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    MOMENTOS DA VIDA DA ETERNA MISS INTERNACIONAL
    QUEEN
    Erica Andrews


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    11 março, 2013

    Brasil realiza duas cirurgias de redesignação Sexual por dia


    Carla Amaral espera pela cirurgia de mudança de sexo Carla Amaral espera pela cirurgia de mudança de sexo
    Todos os dias, dois brasileiros são operados por médicos do País especializados em uma cirurgia complexa, demorada e polêmica. Nela, o bisturi é usado para adequar o corpo incompatível com a sensação de gênero dos pacientes. Até chegarem à maca, eles percorrem um caminho de sofrimento, preconceito, burocracia e isolamento social.
    A chamada cirurgia de mudança de sexo (ou de adequação sexual) foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) em 2008 e, de lá para cá, ganhou fôlego. No primeiro ano, o método cirúrgico acumulou 101 pessoas contempladas, número que subiu para 706 em 2011, crescimento de sete vezes.
    No ano passado, mostra balanço do Ministério da Saúde, foram 603 operações feitas até outubro – último mês analisado – nos quatro hospitais públicos especializados na técnica. Nos centros médicos de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Goiânia foram, em média, duas cirurgias diárias em 2012.

    Evolução das cirurgias de readequação sexual no SUS

    A operação passou a ser realizada nos hospitais públicos em 2008 *dados de 2012 até outubro
    Gerando gráfico...
    Ministério da Saúde
    Eles e elas
    Nesta estatística, estão histórias do grupo de transexuais brasileiros, que vivem em uma condição definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um transtorno grave de gênero. Não são travestis, homossexuais, lésbicas, bissexuais ou hermafroditas.
    “Somos pessoas que nascemos em um corpo que não reconhecemos como nosso, diferente da nossa alma. É uma prisão dolorida”, diz Carla Amaral, 39 anos, moradora de Curitiba. Ela está na fila de espera para ser operada há sete anos mas já conseguiu, por via judicial, a mudança do nome nos documentos de identidade.
    Carla faz parte da chamada “população T” – como é nomeado o grupo dos transexuais. São pessoas que se sentem mulheres e nasceram em corpos de homens ou pessoas que se enxergam como homens, mas têm mama, útero e ovários.
    “É muito difícil para quem está de fora supor o sofrimento que é se sentir e se perceber num corpo que você não reconhece como sendo o seu de verdade, desde a infância”, afirma o médico do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, Alexandre Saadeh, que trabalha com a população T. A instituição contabiliza 1.700 pacientes espalhados por todos os Estados, do mais rico ao mais pobre, na espera para a realização da cirurgia de adequação sexual.
    As cirurgias
    Segundo Saadeh, a inadequação sexual se manifesta por volta dos cinco anos de idade, faixa-etária em que o tratamento já pode começar.
    “A cirurgia só deve ser realizada em fase adulta. Hoje, as técnicas utilizadas são bem conhecidas e têm ótimos resultados. Por isso o acompanhamento deve ser desde pequeno e, se possível, quando o diagnóstico é de certeza, bloquear o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários na adolescência ou já ministrar os hormônios em doses efetivas do gênero com o qual a pessoa se identifica durante a adolescência”, explica.




    Por enquanto, o SUS só realiza a construção de um órgão sexual do masculino para o feminino. O procedimento consiste em amputar o pênis e construir, com tecidos, costuras e perfurações, uma “neovagina”. Internamente, o canal responsável pela urina é acoplado ao intestino.
    “No Brasil e no mundo, a cirurgia de mudança do sexo feminino para o masculino é feita de forma experimental. Este procedimento está condicionado à pesquisa em hospitais universitários ou públicos”, informou a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde.
    Para os transexuais homens – que nascem com vagina – cirurgias também são realizadas em hospitais públicos, para a retirada das mamas, do útero e dos ovários.
    “Só a neofaloplastia (construção de um pênis) ainda é considerada experimental, mas já existem técnicas com resultados aceitáveis”, informa Saadeh.
    “O SUS ainda não incluiu essa população no atendimento gratuito, mas essa questão está sendo reavaliada e será corrigida na publicação de nova Portaria Ministerial sobre esse tema ainda esse ano”, completa o psiquiatra, que é um dos maiores estudiosos do assunto.
    Desafio
    O aparato cirúrgico não é a única forma de acolher e melhorar a vida dos transexuais. Muitos deles, inclusive, não desejam passar pelo método cirúrgico, que pode levar ao menos dois anos para ser diagnosticado por psiquiatras e psicólogos. Para fazer a operação, o paciente precisa ter mais de 21 anos e ter o laudo clínico que indica a cirurgia.
    Nany People, 47 anos, uma das transexuais brasileiras mais famosas, por exemplo, desistiu da operação quando tinha 28 anos de idade. Na época, o procedimento era feito somente em outros países ou de forma clandestina no Brasil. Os centros e os profissionais brasileiros se especializaram na técnica de adequação sexual, o que permitiu o aumento do número de cirurgias, acompanhado de uma demanda crescente de pacientes.
    Para Nany, a ânsia de fazer a operação foi substituída pela sensação de que o método não traria felicidade.
    “A vagina é só um detalhe”, diz ela que completa que “ser mulher é desafio maior do que uma operação”. 
    João W. Nery, 63 anos, que nasceu Joana e foi o primeiro trans homem a ser operado no Brasil – há quase quatro décadas – também endossa o coro de que a cirurgia não é uma imposição à população T, apesar de ser vital para alguns.
    Para ele, outras demandas do grupo são extremamente importantes e não podem ser negligenciadas porque também fazem parte do pacote saúde LGBTT (sigla para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transgêneros).
    Nery, por exemplo, nunca conseguiu tirar o diploma com o nome que escolheu ter, compatível ao corpo que moldou com muita luta nos últimos anos. Estudou o primeiro, o segundo grau, formou-se em psicologia, já teve consultório, deu aulas em universidades.
    “Operei em 1977, quando as cirurgias eram proibidas e consideradas mutilações. Eu tirei novos documentos, para poder me articular como João, mas nem a Justiça da época sabia o que era transexualidade. Fiquei clandestino e perdi todo meu histórico acadêmico. Virei, oficialmente, um analfabeto”, diz.
    Apesar da formação, para os registros brasileiros, João W. Nery tem um vazio no histórico curricular. Para sobreviver na condição de trans homem, escondeu o rosto, deu a cara à tapa, foi pedreiro, chofer, vendedor. Até virar escritor, pai e, recentemente, avô.
    “Um homem feminino que fere o lado masculino dos outros, não o meu.”
    Fonte: IG 
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