Talita Martins
Da Agência de Notícias da Aids
Personalidade e Militante LGBT, Bianca Mahafe em destaque nas atividades no metrô Sé (Foto: Mundo T)
O evento fez referência ao Dia da Visibilidade de Travestis e Transexuais, celebrado em 29 de janeiro, mas que em São Paulo ganhou destaque nessa segunda-feira com o propósito de atingir o grande número de pessoas que circulam pela estação Sé do metrô.
A Drag Queen Renata Perón cantou sucessos de Noel Rosa e Ivete Sangalo, mas foi o refrão “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”, da música Pais e Filhos, da Legião Urbana, que mais emocionou a plateia e fez sentido aos participantes do ato.
O evento foi uma iniciativa da Secretaria de Justiça e Cidadania de São Paulo, por meio da Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual.
Uma das principais dificuldades lembradas pelas travestis presentes no evento foi a falta de opções de trabalho. “Sempre fecham as portas para nós porque somos travestis. Muitos empregadores não querem nem saber se temos qualificação profissional”, relatou Bianca Mahafe, formada em auxiliar de administração, mas atualmente “profissional do sexo para sobreviver”, como define.
O Presidente da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), Sérgio Avelleda, também participou da ação. Ele foi questionado se o órgão contrataria travestis para trabalhar no metrô. “Já tivemos uma jovem travesti trabalhando conosco, ela participou do programa Jovem Cidadão. Os funcionários do metrô são concursados, por isso qualquer pessoa pode ser contratada, independente da orientação sexual, cor ou classe social. Ela só precisa estar qualificada para exercer a função”, disse.
A cartunista da Folha de S.Paulo Laerte Coutinho também esteve no evento e falou sobre a importância da luta pelos direitos humanos. Na semana passada, Laerte, que assumiu sua identidade de gênero há três anos, foi à Justiça para ter o direito de poder frequentar também o banheiro feminino.
Rainha Thacka Ohara, Laerte e Renata Peron, dividem o palco
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